As declarações do promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blatter, sobre a existência de um esquema de corrupção dentro do sistema prisional alagoano para facilitar fuga de presos caiu como uma bomba entre os agentes penitenciários. Eles convocaram uma coletiva e chegaram a admitir a existência de profissionais corrompidos, "como em qualquer outra categoria", mas repudiaram a forma "generalizada" com que, dizem eles, o promotor classificou a classe na última segunda-feira (10), em reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg).
“Não estamos dizendo que não exista corrupção aqui dentro. Sabemos que tem, porque todo mundo está passível disso. Mas não se pode generalizar. As decarações do promotor foram, no mínimo, irresponsáveis. Queremos que ele prove a existência, ou pelo menos mostre indícios de que os 695 agentes penitenciários que trabalham aqui são corrompidos por líderes de facções criminosas. Seremos os primeiros a cobrar a punição desses agentes”, disse, na manhã desta quinta-feira (13), o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Servidores e Trabalhadores do Sistema Prisional de Alagoas (Sinaspen), Marcelo Avelino.
Avelino mostrou um raio-X do sistema penitenciário onde apontou condições adversas com as quais os agentes trabalham. Segundo ele, os profissionais lidam com um sistema superlotado – com 825 presos excedentes – e com armas e equipamentos sucateados. “Temos o terceiro pior salário do país, o segundo pior do Nordeste e mesmo assim conseguimos reduzir o número de fugas nos últimos seis anos. Como podemos estar envolvidos com facilitação de fugas?”, questionou o sindicalista.
Ele mostrou que desde 2006 o número de fugas dentro do sistema alagoano diminuiu mais de 600%. “Quando assumimos nossos postos, em 2006, o número de fugas era de 256. Um ano depois esse número baixou para 32, o mesmo registrado no ano passado. Por isso rejeitamos qualquer envolvimento com líderes de facções criminosas”, afirmou.
Parabéns Avelino pelas declarações, somos cidadães de bem e merecemos respeito, nosso trabalho é muito descriminado, mas tentamos mostrar a sociedade q existe o HOMENS E MULHERES HONESTOS na categoria dos agentes penitenciários. Exigimos no mínimo respeito q o direito de todo cidadão.
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