Um grupo de cerca de 50 mulheres foi à sede da Superintendência Geral da Administração Penitenciária (Sgap), na manhã desta segunda-feira (8), para pedir que o antigo diretor das unidades penitenciárias, André Luiz, retomasse o cargo do qual foi afastado na última semana. Segundo elas, desde que a nova diretoria assumiu, são constantes as denúncias de abuso de poder, espancamento e maus tratos dentro da unidade prisional.
“Há mais que denúncias dos nossos maridos, irmãos, pais e filhos. Nós
mesmas passamos a ser humilhadas desde que o novo diretor assumiu”,
denunciou uma das mulheres que esperava na porta da Sgap por uma
audiência com a direção do órgão estadual.
Segundo Laidijane Lima, representante do grupo de mulheres, desde que
o atual diretor, Alexsandro Luz, passou a exercer a função, a situação
dentro do presídio mudou. “Éramos respeitadas quando o André estava lá.
Agora tudo mudou e ficou muito mais complicado. Os presos estão sendo
espancados, torturados mesmo”, afirmou.
As denúncias foram levadas pela próprias mulheres ao
superintendente-adjunto da Administração Penintenciária, tenente-coronel
Marcos Sérgio, e ao corregedor da Sgap, major Lima. De acordo com a
assessoria de comunicação do órgão, todas as reclamações foram anotadas e
serão averiguadas. Em um próximo encontro, a Sgap irá apresentar quais
medidas foram tomadas para solucionar as questões, caso as denúncias se
confirmem verdadeiras.
As reclamações do grupo, segundo a assessoria da Sgap, vão desde a
proibição da entrada de alguns alimentos à maneira como os agentes
tratam os detentos e visitantes. Ainda segundo a Sgap, quando a denúncia
é mais grave, é aberta sindicância ou procedimentos administrativo
interno para apurar o caso.
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