A cidade possui uma taxa de 101 homícios a cada 100.000 habitantes, dez vezes o teto do qual um lugar passa a ser considera endemicamente violento, pela ONU.
A revista ''Veja'' traz extensa matéria principal de capa, que circula esta semana nas bancas, "por que os bandidos matam", destacando que nas regiões Norte e Nordeste, o número de homícidios aumentou exponentecialmente.
E a Veja, cita como exemplo mais grintante é o estado de Alagoas. Maceió, a capital,registrou em 2008 quase quatro vezes mais assassinatos do que há uma década. A cidade possui uma taxa de 101 homícios a cada 100.000 habitantes, dez vezes o teto a partir do qual um lugar passa a ser considerado endemicamente violento,segundo os critérios da ONU.
Nem em zonas militarmente conflagradas se mata tanto quanto em Maceió. De acordo com especialistas ouvidios por Veja, a hipótese mais provável para explicar essa escalada de violência no Nordeste é o avanço do narcotráfico na região.
Trata-se de um fenômeno relacionado ao aumento do consumo de drogas, à entrada das armas de fogo nas mãos de quadrilhas e a diseminação das "leis paralelas" caracteristicas do universo do tráfico.
Sobe para 32 o número de moradores mortos este ano
Sobe para 32 o número de moradores de rua mortos este ano em Alagoas. Desse total, 31 foram mortos em Maceió e um caso foi registrado no interior do Estado. Na madrugada da segunda (15), a vítima da vez foi a moradora de rua Monique Camila dos Santos, de apenas 21 anos. Ela foi executada a tiros, na periferia da capital alagoana. De acordo com a polícia, a jovem foi morta com vários tiros, no bairro do Vergel do Lago.
A mãe de Monique, Maria Nazaré da Silva, disse que a filha tinha saído de casa, atraída pelas drogas, e estava na rua desde o início do ano. Moradores da rua onde o corpo foi encontrado contaram que ouviram os disparos dos tiros, por volta das 4 horas da manhã. Os estampidos vinham de uma viela próxima à Rua da Paz. Quando saíram para ver o que tinha acontecido, os moradores perceberam que homens arrastavam o cadáver da vítima pela Rua da Esperança, abandonando o corpo da garota próximo a um bueiro.
O corpo de Monique foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, onde foi submetido a necropsia e liberado para o sepultamento. A polícia terá dificuldade para investigar o crime, já que no local impera a "lei do silêncio". Os policiais disseram que as pessoas não querem testemunhar com medo de represálias. A morte de Monique pode estar associada à dívida que a garota teria com traficantes, que atuam na região. Por isso, ninguém quis fornecer maiores informações à polícia. O assassinato da garota será investigado por policiais da Delegacia do 3º Distrito, mas deverá ser acompanhado também pelos delegados da Força Nacional de Segurança Pública, que estão em Alagoas desde o dia 5 de novembro.
Fonte: http://cadaminuto.com.br/noticia/2010/11/16/veja-destaca-o-crescimento-da-violencia-em-maceio
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