Cem por cento da categoria de agentes penitenciários do Distrito Federal – que hoje reúne 1.390 profissionais – aderiram à greve geral, deflagrada ontem, por tempo indeterminado. Mesmo com a greve, os serviços de segurança nas carceragens funcionarão normalmente. No entanto, 70% das ações de escoltas judiciais para audiência e hospitais, acompanhamento de presos e oficinas públicas ressocializadoras ficarão paralisadas.
De acordo com o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do DF (Sindpen), a paralisação ocorre porque o governo não cumpriu o acordo firmado meses antes. Com salário atual de R$ 3,3 mil, a categoria pede reajuste salarial de 120% para equiparar à mesma importância que os agentes penitenciários da Polícia Civil recebem, total de R$ 7,5 mil.
O presidente da entidade, Leandro Vieira, explica que os agentes de atividades penitenciárias são extremamente treinados e capacitados, além de exercerem as mesmas funções, por isso merecem a igualdade do salário. “Ambos os agentes trabalham no mesmo lugar, desempenham as mesmas funções e possuem o mesmo nível de escolaridade”, ressalta.
A Secretaria de Segurança Pública do DF informou que a possibilidade de um reajuste salarial será difícil, uma vez que o limite de investimento para o aumento está no limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Vieira discorda do posicionamento. “Possuímos dados concretos de que a secretaria possui R$ 80 mil para ser destinado ao aumento salarial. Isto já dentro do limite”.
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