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terça-feira, 24 de julho de 2012

Licitação revela gasto milionário do Estado com alimentação de presos: R$ 7,2 milhões por ano



Estado gasta R$ 7,2 milhões com alimentação de presos todos os anos
Quatro refeições por dia e um gasto milionário para o Estado. É dessa forma que se pode resumir em apenas uma frase a fortuna que Alagoas gasta para alimentar homens e mulheres que estão presos pela prática de crimes no estado. Uma licitação publicada na edição desta terça-feira (24) no Diário Oficial revela cifras gigantes para a aquisição de comida apenas para completar a despensa dos presídios alagoanos.
A licitação chama atenção não apenas pelos valores, mas pela quantidade de produtos comprados para alimentar os presos. O total de R$ 2,1 milhões publicado no Diário Oficial para completar a despensa dos presídios está bem longe do valor gasto todos os meses. Segundo o coronel Carlos Luna, superintende de Administração Penitenciária (Sgap), todos os meses, somente com comida, o Estado desembolsa cerca de R$ 600 mil, o que chega ao valor anual de R$ 7,2 milhões.
Questionado sobre o valor milionário da licitação, Luna enfatizou que ela é apenas uma complementação, já que nem todos os produtos foram comprados pela agência estadual responsável por todas as compras para os órgãos estaduais. "O valor é bem maior que esse. Cabe ressaltar que o gasto ali mensurado é apenas com alimentação. Não está incluso o gás e outros valores que são necessários para o preparo das refeições", explicou.
Os presídios alagoanos abrigam hoje cerca de 2,5 mil presos condenados e provisórios que fazem quatro refeições por dia. A média de gasto diário com a alimentação fica em R$ 7,50 por detento, valor que ainda é considerado baixo, conforme ressalta Carlos Luna: "Nem restaurante popular é esse preço".
Mas para qualquer dona de casa, os valores gastos com a alimentação dispostos na licitação são espantosos. Para se ter uma ideia, somente com refresco em pó foram gastos R$ 106,5 mil, usados para a compra de 26,4 mil quilos do produto. Além disso, para comprar as embalagens de alumínio onde são servidas as refeições, foram gastos R$ 248,2 mil.
Para a compra de 60 mil quilos de peixe, cujo prazo de validade expira em seis meses, serão pagos R$ 747,6 mil. Para a compra de 30 mil quilos de salsicha tipo hot dog, são precisos R$ 89,9 mil. Com óleo, o gasto é de R$ 109 mil, enquanto que com que com queijo muçarela, R$ 81 mil.
A lista de compras ainda conta com itens como café, que custa R$ 114,9 mil; margarina, R$ 65,6 mil; ovos, R$ 67 mil; macarrão, 71,9 mil e leite R$ 61,7 mil.
A licitação foi vencida por três empresas que terão de entregar produtos com a validade mínima de seis meses.
Carlos Luna enfatizou, ainda, que não cabe ao Estado discutir o gasto com a alimentação de presos, mas apenas buscar adquirir produtos de qualidade e a baixo custo. "O direito à alimentação dos detentos está previsto em lei e tem que ser cumprido", frisou.

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