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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mulheres de presos denunciam ação truculenta no Cyridião à Comissão da OAB

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Um grupo de mais de 50 mulheres de detentos do presídio Cyridião Durval esteve, na manhã desta segunda-feira (20), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para denunciar que foram vítimas de ações truculentas praticadas por agentes penitenciários. A violência, segundo a acusação, aconteceu quando mães e esposas dos presos foram cobrar informações sobre a fuga em massa ocorrida na unidade prisional no último sábado (19).

Com medo de represálias em dias de visita aos presos, as mulheres não quiseram se identificar, mas prestaram depoimento na Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL e revelaram detalhes do que ocorreu na manhã deste domingo. "Chegamos para ter informações sobre a fuga, mas nada foi dito. Decidimos então dar as mãos e fazer uma barreira em frente ao portão do Sistema Prisional para fechar a entrada de veículos. Os agentes chegaram a colocar dois carros em cima da gente. Outro sacou uma arma apontado para o grupo", disse uma das denunciantes.

Segundo o grupo, uma das manifestantes estava grávida e, mesmo assim, o carro chegou encostar em sua barriga. "Fui retirada pelas colegas para não machucar meu bebê", denunciou a mulher que, junto às demais, apresentou várias fotografias e um saco com balas de borracha que teriam sido usadas pelos agentes após a fuga no Cyridião Durval. "Tem muito preso machucado lá dentro. Eles estão pagando pela fuga dos outros", afirmou outra mulher.

Outra denúncia feita pelo grupo é sobre o banho de sol dos detentos. Elas afirmam que os agentes colocam os presos apenas de cueca por mais de quatro horas no pátio. "A palavra dos agentes é de que o presídio Baldomero (Cavalcante) é a mãe e o Cyridião é o padrasto", ressaltou a mãe de um preso.
O assessor da Comissão de Direitos Humanos, Diego Omena, explicou que todas as denúncias serão repassadas para o presidente da comissão, Gilberto Irineu, que está fora do Estado. "Logo que ele voltar deverá notificar o Ministério Público, a Superintendência do Sistema Prisional e outros órgãos de proteção de Direitos Humanos", assegurou.

Por meio da assessoria, a Superintendência de Gestão Penitenciária garantiu que será instaurada sindicância administrativa para apurar a possível truculência dos agentes do Cyridião Durval, indicando, inclusive, que qualquer denúncia também pode ser feita à Ouvidoria do Sistema Prisional através do telefone 0800 095 7978.

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