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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Torturômetro é zerado depois de três denúncias de tortura em presídios


O Torturômetro, mecanismo criado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para monitorar a ocorrência de tortura no Estado, foi zerado mais uma vez nessa quinta-feira (27), depois do recebimento de três ocorrências dentro do sistema penitenciário do Estado. 
 
O mecanismo estava há nove dias sem comprovar denúncias de tortura e maus tratos. A primeira denúncia se refere a casos registrados após a transferência de presos para o Complexo Penitenciário do Xuri, em Vila Velha. Os relatos dão conta de que os presos foram agredidos sem motivo aparente, com socos e chutes, e que alguns deles tiveram de ter braços e pernas engessados. Um dos detentos também estava com dificuldade de falar pelo inchaço da boca. 
 
Outra denúncia aponta que estaria havendo uso de spray de pimenta sem necessidade e para que mais detentos sejam atingidos, os agentes penitenciários estariam vedando a única saída de ar do recinto. O denunciante também informou que as condições de higiene no Complexo do Xuri não estaria adequada, assim como os uniformes não estariam sendo lavados. Também há denúncia de alimentação estragada sendo entregue a presos. 
 
A terceira denúncia registrada pela Comissão de Enfrentamento e Combate à Tortura do TJES é referente ao Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDPG). O denunciante relatou que um preso com deficiência visual estaria sendo agredido constantemente com socos e chutes no rosto e corre risco de perder completamente a visão, que já está afetada. 
 
No dia 18 de dezembro o Torturômetro havia sido zerado depois de 40 dias sem registro de ocorrências. Na ocasião, a denuncia foi registrada contra agentes penitenciários da Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PSVV III), localizada em Xuri. 
 
Segundo a denúncia recebida pela Comissão de Enfrentamento e Combate à Tortura, a mãe de um detento teria sido impedida de visitar o filho e informada que os presos estavam cumprindo um castigo. A advogada da família constatou que o preso estava com os olhos inchados pelo uso de spray de pimenta e com vários hematomas pelo corpo. A advogada denunciou ainda que o detento estava com dificuldades de locomoção e que teria sido agredido por, pelo menos, cinco agentes penitenciários.
 
Fonte: http://www.seculodiario.com.br/exibir.php?id=4224

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