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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Agentes: 'Pedimos compreensão, mas vamos radicalizar movimento'
Decisão é da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elizabeth Carvalho
A Justiça decretou a ilegalidade da greve dos agentes penitenciários de Alagoas e, com isso, os servidores deverão restabelecer a normalidade dos trabalhos no sistema prisional - já que, desde o último sábado, 15, apenas 30% dos serviços essenciais vinham sendo mantidos, como forma de pressionar o Governo do Estado a atender uma série de reivindicações da categoria, que vai de reposição salarial à melhoria de condições de trabalho.
No entanto, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas Souza, em contato com a redação da Gazetaweb, disse que a categoria já entrará com recurso ainda nesta segunda-feira para tentar reverter a decisão da presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargadora Elizabeth Carvalho.
"Nenhuma categoria pode fazer greve neste estado. É sempre assim. Nós lamentamos muito a decisão, apesar de que já esperávamos. A desembargadora decidiu com base na essencialidade de nosso serviço, já que não poderíamos colocar a população em risco. No entanto, o sistema prisional opera com fuga zero porque somos profissionais competentes, apesar de desvalorizados. O nosso serviço é essencial, mas não somos tratados com o devido respeito", criticou o presidente do Sindicato, acrescentando que a categoria 'terá de radicalizar'.
"Não temos outra escolha. E já pedimos a compreensão da população alagoana. Nós fizemos de tudo para manter a mobilização restrita ao sistema prisional, sempre pensando na população, que paga devidamente os seus impostos e não merece ser atordoada. Mas agora teremos de fechar a Fernandes Lima [principal via da capital] para podermos reivindicar os nossos direitos", emendou Jarbas Souza, que considerou injusto trecho da decisão da presidente do TJ-AL, dando conta, segundo ele, de que os agentes não poderiam reivindicar reajuste de salário 'em virtude de o problema, para a Justiça, abranger décadas'.
"Enquanto isso, o Governo mata o trabalhador de fome. Infelizmente, vivemos numa sociedade em que somente a classe dominante tem vez, em detrimento dos direitos do trabalhador. Agora temos dez dias para contestar a decisão. Vamos até a última instância", assegurou Jarbas Souza, criticando ainda no fato de o Governo já negociar aumento de duodécimo para a Assembleia Legislativa, que aprovou reajuste para os deputados estaduais e secretários de Estado.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=221813
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