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sábado, 15 de janeiro de 2011

Começa greve dos agentes penitenciários de Alagoas


Categoria reivindica R$ 110% de reajuste e diz que salários estão defasados há três anos.

Eles são cerca de 2,1 homens que resolveram paralisar parcialmente as atividades de guarda no sistema penitenciário de Alagoas. Alegando que estão desde o ano de 2008 com os vencimentos sem qualquer reajuste, os agentes penitenciários decretaram greve a partir deste sábado e não há previsão para que a rotina dos presídios volte à normalidade.

E este sábado seria de visita, mas, como o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas há mais de uma semana já havia avisado aos familiares e amigos dos reeducandos e, inclusive, aos próprios presos, que paralisariam os serviços a partir deste dia 15, durante a manhã de hoje não tem qualquer tumulto nas penitenciárias masculinas e feminina de Alagoas.


Presídio Baldomero Cavalcanti com portões fechados


De acordo com, o Víctor Alves, diretor social do Sindicato, existem atualmente 747 agentes penitenciários concursados e cerca de 1,3 mil prestadores de serviço. Todos se dividem em escolas de 24 horas por 72 horas para fazer a segurança das unidades prisionais, supervisionar as visitas que chegam para os reeducandos, fiscalizar a alimentação e objetivos trazidos pela família, além de fazer a escolta de presos para o fórum quando da necessidade de audiência dos processos aos quais eles estão respondendo.

Com a greve, ficam suspensas as visitas de parentes, amigos e advogados, a entrada de comida e as escoltas só serão feitas em casos de urgência e emergência. “Todos os agentes virão trabalhar nas suas escalas. Os presídios não ficarão sem segurança, apenas suspendemos alguns serviços”, informou o sindicalista.

Reajuste salarial

Segundo ele, o salário-base de um agente é de R$ 997,50, valor considerado baixo pela categoria. Os funcionários justificam o pedido de reajuste alegando que o trabalho que desenvolvem é perigoso e põe em risco a própria vida deles. “Nossos salários estão defasados há três anos e queremos uma reposição de 110%. Ontem nós conversamos com o secretário interino de Defesa Social Washignton Luiz e a superintendência do Sistema e expusemos a nossa pauta de reivindicações. Pediram-nos um prazo até a próxima quarta-feira, dia 19. Vamos aguardar e ver qual será a resposta do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)”, explicou Victor Alves.

O Sindicato também cobra a realização de um novo concurso público, haja vista que existem 747 agentes concursados e aproxidamente 1,3 mil contratados. “Essa diferença enorme entre efetivos e prestadores de serviço mostra a deficiência de recursos humanos nos nossos quadros. Também precisamos de uma estrutura física de trabalho mais segura e veículos em melhor situação de uso”, acrescentou o diretor.

Possibilidade de motim

Mesmo sabendo que a suspensão de visitas é um dos problemas mais comuns que provoca revolta nos reeducados – que são cerca de 2,2 mil ao todo, entre condenados e sub-júdice - e a realização de rebeliões, o Sindicato alega que a greve não será interrompida caso qualquer motim seja realizado. “A princípio, o clima está tranquilo, mas, caso os presos se rebelem, nós vamos tentar controlá-los com o nosso próprio efetivo. Se não for possível, acionaremos o GAP - Grupo de Ações Penitenciárias e a Polícia Militar. Entretanto, a suspensão da paralisação não acontecerá devido a inquietações”, garantiu o diretor.

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=221648

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