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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Alagoas não tem condições de manter as pessoas presas", diz promotor


"Alagoas não tem condições de manter as pessoas presas", diz promotor
Fugas, superlotação, greves, más condições estruturais e de segurança reforçam o caos enfrentado pelo Sistema Prisional Alagoano. Presos de alta periculosidade, que agora estão soltos, além de outros, que deveriam cumprir o restante da pena no Regime Semi-aberto, mas que foram para casa, já que o Estado não possui um local adequado, a exemplo do ex-coronel Manoel Cavalcante, deixaram a população em estado de alerta.
O promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blater se mostrou indignado com a situação dos presídios no Estado.
Ele afirmou que seriam necessárias 1000 vagas para o Semi-aberto, assim como para o regime fechado, para minimizar os problemas que também vêm sendo acompanhados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio de inspeções que resultaram no pedido de interdição do Semi-aberto do Presídio Desembargador Luiz de Oliveira de Souza, em Arapiraca.
“A situação é vergonhosa. O sistema prisional alagoano não tem nem condições de manter as pessoas presas.Vou aguardar o relatório do coronel Carlos Luna – Superintendente da administração penitenciária – para apurar se houve condutas criminosas nessas fugas. A solução para reforçar a segurança da população é criar novas vagas e prender os que estão atormentando quem está nas ruas”, afirmou.
Ele citou como exemplo, para reduzir a violência, as medidas tomadas pelo governo de Pernambuco, que ampliou o número de vagas no sistema prisional.
“O governador de Pernambuco realmente decidiu resolver o problema. O Estado, que tinha 14 mil presos passou para 23 mil. Não é só cadeia que resolve, também é necessário políticas públicas. É preciso devolver o sossego da população alagoana”, destacou.
Cyro Blater afirmou que a Unidade do Presídio Ressocializador é só uma das ações que devem ser feitas para diminuir o caos no sistema penitenciário, destacando que assim como Cavalcante, muitos outros estão nas ruas, por falta de um local adequado para cumprimento da pena.
“Acredito que haja cerca de 1000 reeducandos na mesma situação que ele, que cometerem todos os tipos de crimes”, lamentou.
Fonte: http://cadaminuto.com.br/noticia/2011/09/08/o-sistema-prisional-alagoano-nao-tem-condicoes-de-manter-as-pessoas-presas-diz-promotor


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