As 12 celas pré-moldadas que devem abrigar os presos mais perigosos do Estado chegaram na manhã desta sexta-feira (2) e já serão submetidas ao processo de montagem ao lado presídio Cyridião Durval. Com espaço de oito metros quadrados, cada cela deve ser ocupada por oito presos, dando abertura a mais 96 vagas no sistema prisional do Estado.
De acordo com o engenheiro Marcone Araújo, responsável pelas obras de construção das celas, os espaços terão segurança máxima. “Foi feito um teste balístico e nem os tiros de fuzil conseguem romper as paredes das celas. Por dentro delas, há um material semelhante ao mármore, que evita odores e umidade na parte de dentro”, relata o engenheiro.
Os ‘inquilinos’ que deverão se abrigar nas novas celas também são ‘diferenciados’. “Devem vir para cá os reeducandos mais periculosos, geralmente chefes de facção que foram transferidos para penitenciárias federais e, agora, devem voltar para ficar nessas celas”, acrescenta. Segundo Araújo, o grupo deve ficar isolado dos demais reeducandos do presídio, embora continuem tendo o direito a banho de sol, por exemplo.
De acordo com o coordenador do Comando Tático Anti-fuga (CTAF), Tiberio Santos, nem mesmo os agentes terão contato direto com esses presos. Araújo especificou que as celas terão uma abertura pelo teto e que, durante as refeições, eles serão encaminhados até um corredor também pré-moldado, até chegarem no refeitório, onde os alimentos serão entregues por meio de uma janela.
Santos acrescentou que há um prazo de 60 dias para a conclusão das obras para que as celas fiquem em pleno funcionamento. As obras custaram ao Estado, por meio do Fundo Estadual de Segurança Pública, cerca de R$ 2,5 milhões.
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