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domingo, 8 de abril de 2012

'Havendo provas contra gestor público, ele será denunciado', diz Alfredo Gaspar

O 'novo' coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, deve tomar posse nesta segunda-feira (09), com 'carta branca' para fazer alterações no colegiado do qual fez parte há pouco mais de um ano. 

Dois de seus colegas devem voltar a atuar no Gecoc: Antônio Luís dos Santos Filho e Hamilton Carneiro. No caso do primeiro, Antônio confirmou sua permanência, enquanto que o segundo aceitou o convite para o novo desafio. Já um terceiro nome foi encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, para ser submetido à avaliação pelo chefe do MPE.

Alfredo Gaspar de Mendonça voltou a pedido do próprio procurador-geral. E já avisou que a sociedade terá respostas para casos que põem em xeque a administração pública, como no caso da Operação Espectro, que investiga fraudes na Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). 

“Se houver provas contra algum gestor público, este será denunciado. Assim que tomar posse vou me inteirar de um inquérito policial que está com a Polícia Civil. Se infringiu, tendo provas, o MP irá ofertar a ação”, avisou o promotor, destacando que, ao receber o convite para retornar ao Gecoc, logo percebeu que teria muitos desafios pela frente. 

“Senti-me na obrigação de contribuir com os colegas. Estou com o ânimo renovado. Tenho muitos desafios pela frente. Ninguém será acobertado pelo MP”, acrescentou o promotor.

Falta de estrutura 

Segundo o procurador-geral, quando Alfredo Gaspar deixou o Gecoc – há pouco mais de um ano –, o promotor teria se reportado à falta de estrutura. Contudo, desta feita, segundo Eduardo Tavares, a situação mudou. 

“Agora temos um coordenador definido, para que possamos dinamizar o Gecoc, com perfil diferenciado, oxigenando-o. Alfredo tem vocação natural para investigar. Teremos um trabalho competente e mais efetivo contra o crime organizado”, declarou.

De acordo com o procurador, o coordenador do Gecoc tem ligação com a 17ª Vara Criminal da Capital e 'transita com mais facilidade' em instituições, como as Polícias Civil´(PC), Federal (PF) e Militar (PM). “Queremos reforçar essa parceria. Nosso objetivo é dar uma resposta à sociedade”, emendou Tavares.

Da gestão anterior – encabeçada pelo promotor Luiz Vasconcelos -, deve ser mantido apenas o nome de Antônio Luís dos Santos Filho. Há ainda a possibilidade de retorno do promotor Hamilton Carneiro. 

Com o sim de Alfredo Gaspar, Eduardo Tavares diz estar mais tranquilo e prefere não polemizar sobre a saída de Vasconcelos – que esteve na linha de frente da Operação Espectro, tendo sido alvo de críticas sobre a condução dos trabalhos. “Com a aceitação de Alfredo, estou mais tranquilo. Vamos começar os trabalhos na terça-feira, com ainda mais dinamismo”, ressaltou. 

Eduardo Tavares informou ainda que era tempo de mudar o Gecoc e que a sociedade espera respostas para operações, como a Espectro. “Não se pode omitir o nome de ninguém. Tem que se falar, mas com convicção. Nosso compromisso é com a sociedade. Não iremos nos calar quando constatada a participação de quem quer que seja”, reforçou Tavares. 

Relembrando a atuação do Gecoc

Presente em operações, como Taturana, Gabiru, Primavera, Tabanga e Espectro, o Gecoc começou a atuar em Alagoas em 2006 e denunciou gestores públicos e grupos ligados a crimes de grande repercussão. 

Estiveram à frente do colegiado os promotores Alfredo Gaspar, que esteve no cargo por dois anos, Luiz Vasconcelos, que ocupou o cargo por mais de um ano, e Karla Padilha, que saiu com o fim da gestão do então procurador-geral Coaracy Fonseca. 

“Prefiro dizer apenas que o Alfredo saiu para um descanso e voltou. Ele saiu porque naquela época era preciso dotar o Gecoc de melhores condições, e hoje temos uma equipe mais estruturada”, garantiu.



Fonte: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=310489&e=31

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