Sânia Tereza
A Delegacia Geral da Polícia Civil - a pedido da Promotoria da Vara de Execuções Penais - abriu procedimento para investigar extorsão e ameaça de morte contra a prefeita afastada de Anadia, Sânia Tereza, dentro do sistema prisional de Alagoas. Sânia denuncia em carta de duas páginas, escrita de próprio punho, que o advogado Jerfferson Fidélis do Nascimento, que é ex-policial civil, foi ao presídio Santa Luzia - onde está a ex-prefeita - e exigiu R$ 500 mil que deveriam ser pagos até o dia 18 de abril.
Recusando o pagamento, Sânia seria morta na cadeia. Ou seus familiares passariam à condição de alvos - seriam mortos, por um dos acusados no assassinato do vice-presidente da Câmara de Vereadores de Anadia, o médico Luiz Ferreira: Ewerton Santos Almeida, vulgo Cruel - preso acusado de integrar uma quadrilha acusada de assalto, tráfico de drogas e outros crimes em Alagoas e Pernambuco. A quadrilha foi desbaratada com informações do preso.
Segundo as investigações da polícia, Sânia e o marido, Alessander Leal, são os autores intelectuais do crime de Luiz Ferreira. Os dois negam.
A morte de Sânia e de seus familiares seria após o dia 20 de abril; o dinheiro serviria para Cruel “não complicar minha vida” na audiência marcada para o dia 20, no fórum do Barro Duro, em Maceió. O valor não foi pago. Jerfferson diz ser advogado de Cruel.
Na carta, Sânia diz que o suposto criminoso cita o nome do promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blater, sugerindo intimidade com o integrante do Ministério Público. “O Cyro Blater deu a ele [Cruel] a regalia e já confessou para o Blater e que está no módulo do trabalhador por causa disso”. E, mais adiante: “Ele confirma que o bandido não me conhece, que o Cyro Blater ofereceu certas regalias para ele e o outro chamado Tiago fará tudo o que ele [Cruel] fizer”.
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