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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Policiais querem mais R$ 1,2 mil para abandonar "bicos"

Sargento Teobaldo de Almeida defende que policial trabalhe mais para o Estado e receba por isso
O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), sargento Teobaldo de Almeida, detalhou, na manhã desta quinta-feira (5) ao Pajuçara Manhã, o projeto da entidade para a regulamentação dos trabalhos extras pelos policiais militares. Por 30 horas de serviços extras, cada policial receberia um acréscimo mensal de R$ 1,2 mil no salário.
Segundo Teobaldo de Almeida, o projeto prevê que os policiais militares, no seu segundo dia de folga, trabalhe por seis horas para o Estado. "Para isso, é necessário que haja uma adequação das escalas pela corporação. Esse tipo de serviço extra já acontece na maioria dos estados do Nordeste, menos em Alagoas, Maranhão e Piauí. Em Pernambuco, está há mais de 10 anos", ressaltou.
Para o presidente da Assmal, a regulamentação do bico para o próprio Estado levaria a maioria dos policiais militares a deixar os serviços extras que prestam para empresas particulares. "Muitos empresário se valem justamente do fato de os PMs usarem armas regularmente para usarem como segurança. Com o acréscimo no salário, os policiais não precisariam fazer esses bicos, colocando suas vidas em risco", frisou Teobaldo de Almeida, acrescentando que a adesão ao serviço extra seria voluntária.
O comandante da Polícia Militar, coronel Luciano Silva, em entrevista ao Tudo na Hora, afirmou que repudia o bico para empresas privadas e que a PM tem investido na elaboração de projetos, como o de “Policiamento Ostensivo Gratificado Voluntário” e o “Gestão por Resultados”, que estão sendo analisados e dependem agora, da aprovação da Secretaria de Defesa Social e da viabilidade financeira do Estado para colocar em prática. “São formas que encontramos para estimular o policial a não se envolver em outras atividades que possam colocar sua vida em risco", ressaltou.
A polêmcia sobre o "bico" feito por policiais militares ganhou força depois que o sargento Cícero Soares, foi assassinado enquanto trabalhava como segurança numa padaria no bairro de Santa Lúcia, na quarta-feira (28).
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