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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

1º Núcleo de ressocialização de Alagoas oferece oportunidades de empregos para reeducandos

Funcionando apenas há quatro meses, 
o 1º Núcleo de ressocialização de 
Alagoas, localizado no antigo 
presídio Rubens Quintella, vem 
obtendo resultado positivo na 
reintegração de reeducandos a 
sociedade. O núcleo desenvolve 
trabalhos com oficinas e propõe 
aos integrantes uma nova oportunidade de emprego ao sair 
do sistema prisional.
Atualmente com cerca de 70 reeducandos, o núcleo fornece 
nove oficinas de marcenaria, corte e costura, serigrafia, 
informática dentre outros. Com essas oficinas os detentos 
dão um grande passo para se reintegrar a sociedade, como 
é o caso do engenheiro agrônomo, Luiz Alves, que fala da 
importância do núcleo em sua vida.
“A oportunidade é muito válida por sinal. A gente não tinha 
essa chance dentro desse sistema prisional. Isso vem a calhar 
como uma luva, então vejo essa oportunidade muito boa para 
a vida lá fora”, disse Alves. 
O reeducando, Odias José Candido, diz que quando sair do 
núcleo pretende ter a sua própria empresa de serigrafia. 
“Tenho uma oportunidade de quando sair daqui montar uma 
oficina de serigrafia própria”, falou. 
A instrutora Maria Helena conta como é gratificante o trabalho desenvolvido pelos reeducandos.
“É gratificante por que eles chegam às vezes sem ter 
conhecimento de nada, e vão desenvolvendo até eles serem surpreendidos com sua própria capacidade de desenvolver um
trabalho. Além de ser um orgulho poder passar tudo que sei 
para eles, eles também ficam orgulhosos a desenvolverem o 
seu trabalho” contou Helena. 
Os custodiados selecionados também precisam mostrar 
interesse em ser introduzido na sociedade, e se mostrar 
disposto a estudar e trabalhar. Segundo o gerente de 
segurança e coordenador do módulo, Felipe Campos, as 
oficinas têm como meta tirar a ociosidade dos reeducandos.
“A ideia do núcleo é reduzir a quase zero a ociosidade, coisa 
comum nas cadeias convencionais. Aqui nós adotamos uma 
filosofia ressocializadora e reintegração, só então o 
reenducando vai voltar para a sociedade. Nós temos que dá 
um meio, no período da manhã e tarde eles trabalham e 
pela noite estudam. No fim de semana eles têm atividades 
de lazer, isso reduz praticamente a zero a questão da 
ociosidade e fomenta o reeducando para que ele volte à 
sociedade”, explicou Campos. 
O gerente explica ainda que com o trabalho desenvolvido 
no núcleo os números de reincidência diminuem 
significativamente.
“Hoje no Brasil temos uma massa de quase meio milhão 
de encarcerados e isso são dados nacionais. Cerca de 80% 
desses presos que entram no sistema carcerário não são 
ressocializados, ou seja, isso gera uma massa de 400 mil 
criminosos que voltam no círculo vicioso na criminalidade. 
Existem pesquisas que mostram que se a gente investir em ressocialização cerca de 70% deles não voltam para o crime”. 
Sobre o futuro dos detentos que acabarem de cumprir suas 
penas, o gerente afirmou que empresas parceiras como a 
UFAL, Correios e Casal ajudam a introduzir estes homens 
no mercado de trabalho.
“Nós fazemos de tudo para formar um profissional e colocar 
ele no mercado de trabalho e, empresas parceiras já estão 
contratando essa mão-de-obra, que por sinal é muito boa e especializada”, concluiu.

Fonte: http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/12/20/1-nucleo-de-ressocializacao-de-alagoas-oferece-oportunidades-de-empregos-para-reeducandos

galeria de fotosseta

  • Sala de informática
  • Luiz Alves
  • Odias José Candido
  • Oficina de corte e costura
  • Maria Helena
  • Felipe Campos
  • Oficina de marcenaria
  • Espaço para leitura



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