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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Coronel Amaral mantém lema: 'Bandido bom, é o bandido morto'



Aos 82 anos, ex-secretário de segurança pública opina sobre a violência em Alagoas

Gazetaweb- com Dulce Melo

Em entrevista exclusiva à Gazetaweb , o coronel Amaral, que se tornou um mito na segurança pública de Alagoas, fez avaliações e retrospectivas, afirmando que enxerga com tristeza a realidade da segurança pública. Aos 82 anos, ele disse divergir dos Direitos Humanos e entender que “falta pulso” para as coisas darem certo.

1- Coronel Amaral, como o senhor enxerga Alagoas, neste momento?

R- Como um estado muito intranquilo. Se você tivesse oportunidade de dar uma volta por dia no IML, constatava a quantidade de pessoas assassinadas. E o pior, de todas as idades.

2- Por que tanta violência em Alagoas? De quem é a responsabilidade?

R- A responsabilidade direta pela segurança da sociedade cabe ao governador, que, por sua vez, indica os seus representantes, como o secretário de Defesa Social e outros. Não quero emitir juízo de valor, mas julgo que a segurança do Estado esteja necessitando de alguma coisa, como, por exemplo, a preparação do contingente, renovação da tropa, investimento no recurso humano, valorização.

3- Qual era o método que o senhor usava para as coisas darem certo?

R- No meu tempo se sabia qual o real desempenho da função de secretário, que era dar segurança ao estado de Alagoas sem abusar das prerrogativas no cumprimento do seu dever. Eu não gostava de aparecer, somente de produzir.

4- Em Alagoas, o que vemos ultimamente é uma migração enorme de criminosos. O que o senhor acha disso?

R- Posso responder pela minha época. Eles respeitavam o sistema, sabiam que o marginal, na gíria, não tinha vez, guarida no estado de Alagoas. Podiam até tentar chegar, mas voltavam imediatamente. Era a melhor opção. 

5- E a questão da proliferação das drogas, o tráfico?

R- Enquanto secretário, não ouvia nem falar em maconha, quanto mais em cocaína e crack. Não tinha nada disso. Hoje, minha filha, saio para andar no calçadão da Pajuçara até o Hotel Jatiúca e o que mais se vê são pessoas do nível médio e alto envolvidos, abertamente. Um absurdo.

6- O que o senhor acha do sistema prisional? Por que tantas fugas?

R- Aquilo lá é uma escola de marginais. Antigamente, na penitenciária, todos os presos trabalhavam e recebiam um salário. Nunca houve uma fuga durante dez anos. Os reeducandos trabalhavam na orla marítima sem ninguém se dar conta e eu dizia apenas que gostaria que não fugissem. Mas se alguém optasse por isso, não ficasse em Alagoas porque a repressão ia ser grande. E ninguém fugia. Posso dizer que havia uma confiança mútua. Naquela época havia fábrica de roupas e calçados que servia para ocupar o tempo deles, enquanto a remuneração servia de fruto de reserva para quando saíssem. Em época natalina, mais de uma vez, eu, a minha senhora, filhos e a irmã Jacinta, fomos ao sistema prisional e levamos pastoril e outras coisas para os presos. Lembro bem. Era gratificante, pois saíamos de lá com presentinhos confeccionados pelo público carcerário.

7- Além de melhorar a estrutura, o que falta nas polícias Civil e Militar?

R- Falta tirar o povo dos gabinetes, das assessorias. Diga-me, para que um deputado com dois ou três seguranças? Perante a lei, um deputado é igual a qualquer José, João, ou Zé Mané.

8- Por conta da sua postura, o senhor já recebeu ameaças ou soube que planejaram a sua morte?

R- Nunca existiu essa possibilidade. Como secretário, nunca ninguém tentou me desmoralizar, quanto mais pensar em homicídio.

9- Se recebesse o convite para ser novamente secretário, quais as exigências que faria?

R- Bom. Hoje vivo em paz, da minha aposentadoria do Exército e de alugueis de algumas propriedades. Não pensei nisso, mas também não negaria um pedido desde que me dessem as condições. Primeiro queria apoio financeiro para preparar o efetivo e equipar o sistema de segurança. Depois não sofrer ingerência política e assim ter espaço para cumprir as decisões da Justiça.

10- Qual o lema do coronel Amaral?

R- O de sempre. Bandido bom é bandido morto. 

11- E os Direitos Humanos?

R- Às vezes, desumano. No meu entendimento não tem feito nada para ajudar o secretário de defesa social, o que poderia fazer, orientando-o como proceder em diversos casos.

12- O caso de grande violência mais recente foi o do policial Anderson? Qual a sua concepção sobre ele?

R- Primeiro quero falar sobre o policial Anderson, que era um ser excepcional, gozava de um bom conceito moral, intelectual perante os seus pares. Os representantes dos Direitos Humanos não tiveram a coragem de manifestar apoio à sua família, ninguém quis saber como estavam o filho e a esposa, os pais, os irmãos. Em contrapartida, foram visitar os criminosos para saber como estavam sendo tratados? Isso é inaceitável. Viram o semblante daquela criança que perdeu o seu ídolo, e daquela senhora tão jovem sem o seu companheiro? O que os Direitos Humanos deveriam fazer era responsabilizar o estado pela educação daquele menino porque seu pai morreu em combate. Mas sequer apareceram na missa. Qual o apoio das autoridades constituídas? Ele era o chefe de serviço do grupo de elite da Polícia Civil. Cadê o governador que não apareceu? Se não pudesse mandasse ao menos um secretário, até mesmo para dar satisfação, dizer que estava sensibilizado e mobilizado. 

13- Coronel, como o senhor se sente ao saber que as pessoas sempre que se deparam com um ato de violência, almejam sua volta?

R- Sinto-me gratificado pelo reconhecimento. Isso é sinal de que quando fui secretário de estado, fui útil. E garanto a todos vocês, não me arrependo de nada do que fiz. Se tivesse oportunidade, faria tudo de novo.

14- Para finalizar, qual o recado que o senhor gostaria de deixar para a sociedade alagoana?

R- Queria agradecer pelo respeito e dizer que gostaria de vê-la acreditando naqueles que são responsáveis por sua segurança.

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=190057

COMENTÁRIOS...

"Os reeducandos trabalhavam na orla marítima sem ninguém se dar conta e eu dizia apenas que gostaria que não fugissem. Mas se alguém optasse por isso, não ficasse em Alagoas porque a repressão ia ser grande. E ninguém fugia."
ESSA "PSICOLOGIA" OU "METODOLOGIA" FAZ FALTA... 

10- Qual o lema do coronel Amaral?
R- "O de sempre. Bandido bom é bandido morto." 


SERÁ QUE ELE ESTÁ CERTO????? KKKKKKKKKKKKKKKK SE FIZER UMA ENQUETE... ADIVINHEM O RESULTADO.

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