Pelo menos 18 policiais militares, que estavam detidos no Presídio Militar, foram transferidos na tarde desta segunda-feira, 19, para o Presídio Baldomero Cavalcanti.
Antes de serem tranferidos, os presos, que respondem por crimes comuns, foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima para realizar o exame de corpo de delito. Em seguida, os militares foram levados por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para o sistema prisional.
De acordo com informações da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap), os militares ficarão em um módulo especial do Baldomero, chamado de COC.
Nesta segunda-feira, o Conselho Estadual de Segurança Pública, com o consentimento do juiz da 16ª Vara de Execuções Penais, José Braga Neto, interditou o presídio militar, localizado na Academia de Polícia, no Trapiche e resolveu deslocar os presos para o sistema prisional.
A decisão veio após os conselheiros constatarem durante uma inspeção no mês passado que o local não era adequado para funcionar como presídio.
O secretário de Defesa Social, Dário César disse, durante a reunião ocorrida hoje com lideranças empresariais e a cúpula da Segurança Pública, que a lei está sendo cumprida. “A ação representa que ninguém que cometa crime está livre de responder por eles. Todo mundo é submetido a lei e eles, como servidores públicos pagos para prestar segurança, estavam tendo segurança mínima, o que é errado”, comentou.
Para o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Welligton Fragoso, a decisão é equivocada, pois o militar possui código penal próprio que determina a permanência dos acusados em presídios militares.
“Isso é um absurdo. Os policiais estão sendo jogados para morte, pois mesmo respondendo a inquéritos, eles são policiais e estão sendo colocados junto com aqueles que ajudaram a prender. A Polícia Militar de todo país tem presídio militar, apenas em Alagoas que querem acabar com isso”, afirmou Fragoso.
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