A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) proporcionou um dia especial para os presos que trabalham no sistema prisional. A festa celebrou o Natal e mais um ano de trabalho dos custodiados nas diversas oficinas de laborterapia. Cerca de 300 internos vindos de todas as unidades participaram da ‘Confraternização do reeducando trabalhador’.
Música, orações, sorteio de kits de higiene pessoal, entrega de panetones foram algumas das ações realizadas durante o evento. Os melhores funcionários da horta, das oficinas de filé, de decoupage, de corte e costura e de marcenaria foram premiados com medalhas. Os presos que se destacaram nos critérios de criatividade e soluções; disciplina e evolução no trabalho, também ganharam medalhas.
O pastor Francisco Pereira Santos, da Igreja Batista, esteve presente na confraternização e pregou para os custodiados. O coral das presas do Presídio Feminino Santa Luzia se apresentou junto com o cantor Tony Câmara. O músico interpretou canções usadas nas sessões de musicoterapia - que é o emprego de músicas e sons para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. O coral do Lar São Domingos também se apresentou, emocionando grande parte das pessoas presentes.
Luciano Gonçalves, diretor das Unidades Penitenciárias, destacou a importância desse tipo de comemoração. “É a melhor forma que encontramos para mostrar aos reeducandos que eles são valorizados. A ideia é tornar o reeducando que entra no sistema prisional, um homem melhor, mais preparado, quando retornar à sociedade.”
Segundo a gerente de Produção e Laborterapia, Cinthya Moreno, a principal razão da realização da comemoração foi o empenho dos reeducandos ao trabalho. “Nós queríamos agradecer ao reeducando trabalhador, que se esforçaram durante todo o ano, e conseguiram ultrapassar todas as metas . A produção ultrapassou os números do ano passado, e nós tínhamos que gratificar esses trabalhadores de alguma forma”.
“Ressaltamos em eventos como esse a capacidade dos presos. A Laborterapia depende da participação deles, as oficinas só dão resultados quando o reeducando acredita no trabalho que está desenvolvendo. Nós oferecemos todas as ferramentas, mas se eles não quiserem trabalhar isso pouco irá servir. O que dá pra notar é que eles estão se empenhando em mostrar e aprimorar o trabalho desenvolvido”, finalizou Cinthya.
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