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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Órgãos de segurança pública planejam combater o alto índice de violência em 2012

Dário César aposta da Polícia Comunitária para diminuir os índices de violência em Alagoas
Na última semana do ano em que Alagoas esteve no topo do ranking dos estados mais violentos do país, com o maior número de homicídios, onde são registradas mais de 60 mortes para cada 100 mil habitantes, o Primeiro Edição entrou em contato com os principais órgãos da segurança pública do Estado para obter informações sobre os planos de combate à criminalidade em 2012.
Antes de saber o que os órgãos pretendem fazer para melhorar a segurança no estado, vamos aos principais fatos:
Este ano, só em Maceió, até esta quarta-feira (28), foram mortas mais de 1670 pessoas. Os dados são de uma TV local. Em Arapiraca, foram mais de 630 pessoas assassinadas. Ou seja, em Alagoas, só este ano, foram mais de duas mil pessoas mortas de forma violenta.
Um dos casos que marcou e indignou a sociedade foi o da dona de casa Maria de Lourdes, que foi arrancada de dentro de sua residência por criminosos durante a noite, morta a tiros e decaptada no Conjunto Carminha, localizado no Complexo do Benedito Bentes. Vários acusados foram detidos e a Polícia Comunitária foi implantada na região. (Relembre o caso aqui)
A atitude criminosa nesse caso, entre tantos que poderiam ser citados, mostra o quanto os bandidos têm se tornado cada vez mais cruéis, banalizando a vida. Quase que diariamente a imprensa registra um caso de assassinato, principalmente de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, usuárias ou comerciantes ilegais.
O mundo do crime parece ser a única alternativa para tantos jovens que se encontram numa situação precária, principalmente nas periferias e, o final do caminho é sempre a morte ou a cadeia. Mas, esta realidade faz parte do cotidiano dessas pessoas. 
Além das mortes, no final do ano foram registrados os casos de violência e vandalismo que causou pânico entre as pessoas. Houve uma série de ônibus que foram queimados entre novembro e dezembro e, os atos seriam supostamente de autoria de criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa que manda ordens de dentro dos presídios para os bandidos que estão "do lado de fora". (Relembre o primeiro caso aqui)
Os arrastões, ou boatos de arrastões, que marcaram o fim de ano principalmente no Centro de Maceió, deixaram a população perplexa com tamanha ousadia por parte dos bandidos, que demonstram não se intimidar com a polícia. (Relembre um dos casos, ocorrido no bairro do Jacintinho, aqui)
As medidas tomadas inicialmente foram o aumento do número de policiais nas ruas e a transferência de presos que estariam comandando de dentro das penitenciárias a onda de crimes, para os módulos de segurança máxima.
Várias manifestações foram realizadas em Maceió para pedir mais segurança. Mobilizações e caminhadas marcaram a indignação das pessoas que se sentem inseguras em andar nas ruas, por medo dos constantes assaltos, assassinatos, e agora os arrastões e ônibus incendiados. (Relembre um dos atos contra a violência em Alagoas, aqui)
Para combater a onda de violência, o comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Gilmar Batinga, anunciou durante uma coletiva realizada no último dia 23 no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, que mais de 800 policiais militares estarão trabalhando para garantir a segurança nos eventos de fim de ano. Esta seria uma das medidas da polícia para combater o índice crescente da criminalidade em Maceió.
A Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) aposta na formação de agentes em cursos de Polícia Comunitária. Nesta terça-feira (27), o secretário Dário César informou que já foram formados mais de 2,7 mil novos agentes em Alagoas, num quantitativo dos cursos realizados nos últimos quatro anos.
A formação, segundo Dário, visa possibilitar que policiais e líderes comunitários empreguem em vários bairros de Maceió essa nova modalidade de policiamento, que conta com a ajuda da população no esclarecimento de crimes. “Cada vez mais, polícia e comunidade precisam ser parceiras no combate à violência”, opina o secretário.
Segundo a Seds, a ideia já está em funcionamento em quatro pontos de Maceió: os bairros Jacintinho e Vergel do Lago e os conjuntos Selma Bandeira e Osman Loureiro. Em Arapiraca também já foi inaugurada a primeira base de policiamento comunitário do interior.
Para Dário, o modelo de policiamento comunitário vem dando certo e reduzindo os índices de criminalidade. O secretário informou ainda que para 2012 estão previstas mais atividades voltadas para vários outros policiais e agentes penitenciários, com o objetivo de melhorar constantemente os trabalhos voltados ao combate a violência.
Em contato com a Polícia Civil de Alagoas, para tentar obter informações sobre os casos de homicídio que tiveram desfecho em 2011 e quais os planejamentos para 2012, a assessoria do novo delegado geral, José Edson de Freitas, informou que ele só deve falar com a imprensa depois que tomar posse e que uma nota deve ser publicada pela PC informando esses dados antes do fim do ano.
Contudo, não basta somente investir em mais policiamento, nem em ser mais rigoroso com os criminosos. É preciso começar pela base, investir na educação, tirar as crianças que convivem com uma realidade onde ser criminoso, usuário, ver o vizinho ser morto, é algo cotidiano. É preciso, senão acabar, diminuir drasticamente a desigualdade social, causador principal da criminalidade.

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