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domingo, 12 de junho de 2011

Juiz revela bastidores de Unidade de Internação


Adolescente morto estava dentro da cela; denúncias e problemas fervilham nas entranhas do sistema de internato
Os muros altos escondem um covil, com meninos tratados como bichos ferozes nas unidades de internação para adolescentes infratores. Um antro onde impera a covardia, onde agentes públicos de segurança são acusados de tortura e assassinato. O início da última semana foi marcado por revelações dantescas, expostas na última rebelião da Unidade de Internação Masculina (UIM). Revelações que só vieram à tona porque a Justiça se dispôs a investigar o que estava acontecendo lá dentro.

Após minuciosa inspeção realizada na UIM esta semana e uma série de outras medidas, o juiz da 1ª Vara da Infância e da Adolescência da Capital, Fernando Tourinho de Omena Souza, concedeu entrevista à Gazeta de Alagoas,com revelações explosivas. Entre elas, a constatação de que Geanderson Cavalcante, 17 anos, estava dentro do alojamento, quando foi executado por um agente penitenciário, que trabalhava como monitor nas horas vagas. Geanderson não tentava fugir, nem estava rebelado, mas levou um tiro na cabeça.

Espaço é marcado por série de denúncias

O inquérito do 4º DP começa a apresentar os primeiros resultados exigidos pela 1ª Vara da Infância e da Adolescência. Contudo, denúncias e problemas fervilham nas entranhas do sistema de internato.

O homicídio covarde de Geardenson pode ser apenas o fio da meada para se apurar denúncias de ameaças de morte, tortura, corrupção, facilitação de fugas, maus tratos, negligência e ineficiência nas unidades de internação.
Parentes dos meninos e agentes exonerados garantem que há jovens marcados para morrer. E os assassinos seriam outros monitores, contratados para lhes dar segurança, educação e atividades para ressocialização. A seguir, trechos da entrevista reveladora com o juiz Tourinho.

“Alojamentos apresentam problemas”

“Os adolescentes estavam sem colher para poder comer. Como se conceber que falta uma colher para o menino poder comer... servindo sopa, como você vai tomar sopa sem colher? Não se tinha colchão para os meninos dormirem, com essas chuvas todas e tal, nenhum tinha colchão. Os alojamentos todos com problemas de entupimento, falta de pia, de uma série de outras coisas. A fossa, por trás dos alojamentos, um fedor horrível. No único local que eles têm para fazer as refeições, que é tipo um refeitório, mas é uma coberta, todas as telhas tinham sido tiradas. Como é que uma pessoa vai comer? Se chover, ele não tem condições e se tiver fazendo sol ele não tem condições também de comer ali”.

Tourinho solicita reparos ao governador

“Falei com o delegado (Robervaldo Davino) e ele disse que prontamente ouviria os garotos naquela tarde. Viabilizei a oitiva dentro das unidades, até para evitar o problema de deslocamento. Então eu quero respostas. Esse monitor, eu não tenho conhecimento sequer... Segundo notícias, há fortes indícios de que foi realmente a monitoria, foi um dos monitores. Há fortes indícios, eu ainda não vou afirmar porque eu quero que a polícia apure. Então que se apresente quem foi. Que pelo menos esse monitor, num primeiro momento, seja afastado”.
Suspeitos

“Tomei conhecimento que hoje já existem (suspeitos). Agora eu quero números oficiais, informações oficiais. Que digam: olhe, foi fulano de tal. Eu acho muito importante separar o joio do trigo. Não acho razoável toda a monitoria estar pagando o preço por causa de alguns, então é necessário que se identifique até para não se cometer até injustiças”.

ENTREVISTA

Interdição não está descartada

Gazeta – O senhor pensa em interdição do local?
Fernando Tourinho – Nenhuma das hipóteses que cabe ao Judiciário pode ser descartada. O ideal é que não precise acontecer. Se o Estado me apresentar o culpado pelo assassinato, quem atirou no outro rapaz, quem foi responsável pelas fugas, se recapturar os adolescentes, se apresentar quem realmente praticou os maus-tratos...
É um depósito de meninos?
A UIM tem que sofrer mudanças rápidas. Porque ali não há condições de ressocializar ninguém.
O Estado cumpre seu papel?
Objetivamente responderia que não. O novo secretário que assumiu agora a pasta pegou uma herança difícil. Na minha maneira de pensar, ele está tentando: mandou afastar os monitores, o diretor, já comprou as colheres, os colchões (que estavam faltando). Ele apresenta que tem interesse de resolver, contudo é preciso que tenha algum recurso para se melhorar esse tratamento, a secretaria dele tem poucos recursos.
Os fugitivos são procurados?
Fui informado que os adolescentes não estavam nem sendo encaminhados para as audiências, bem como as buscas e apreensões não estavam sendo realizadas porque faltam coletes para os agentes usarem, tendo em vista que os coletes já tinham passado do prazo de validade. Questionei o doutor Marcílio Barenco (diretor geral da Polícia Civil), e o doutor Mário Jorge (diretor adjunto) me encaminhou resposta dizendo que os coletes chegariam em 40 dias. E enquanto isso, nesse tempo, ninguém procura os
infratores foragidos?
No momento, o sistema está em crise?
Eu diria que estamos passando por um momento difícil nessas duas unidades, na UIM e na UIJA.


NOSSO COMPANHEIRO GLAUBER TEM UM GRANDE DESAFIO A FRENTE DA UIM (UNIDADE DE INTERNAÇÃO MASCULINA); MAS, COMO O FEZ ANTES, POR TODAS AS UNIDADES QUE PASSOU (SANTA LUZIA, CYRIDIÃO, DUP, BALDOMERO), COM SUA COMPETÊNCIA E EFICIÊNCIA, TERÁ COM CERTEZA EXCELENTES RESULTADOS FRENTE A DIREÇÃO DAQUELA UNIDADE. SUCESSO!!!

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