Duas vezes por semana reeducandos do sistema prisional fazem exercícios corporais. Antes do trabalho, eles fazem sessões de alongamento e relaxamento. A atividade é orientada pela professora graduada em Educação Física, Manoela Moreira.
Na opinião do reeducando José Cícero Ferreira da Silva, os exercícios ajuda a levantar a autoestima e melhora a coordenação motora. Ele é marceneiro profissional e está há três anos na marcenaria, onde trabalha na produção de utensílios para a apicultura. Cícero é ex-atleta de Kung-fu. Chegou a representar o Estado em competições nacionais. O reeducando enalteceu o trabalho da professora e, sugeriu que a prática deveria se estender aos internos do regime fechado.
Para o instrutor de marcenaria, Arnaldo Lindinalvo de Melo, as melhorias já são notadas. Houve uma diminuição do cansaço físico, e os reeducandos estão com a autoestima elevada.
Willys Guilherme dos Santos Moraes trabalha no setor do artesanato, no dia a dia ele usa repetidamente as mãos na confecção de diversas peças. Ele diz não sentir mais os incômodos ao final da jornada de trabalho. Na opinião dele, o aquecimento e exercícios específicos para as mãos são fundamentais para os trabalhadores do artesanato.
A coordenadora do setor de artesanato, Jú Cabral, disse que no ambiente de trabalho os comentários positivos a respeito da atividade física são frequentes. Ela apontou a valorização do reeducando como uma conquista obtida com a implantação da atividade física para os trabalhadores.
Segundo a professora Manoela Moreira, um dos objetivos da prática da ginástica laboral é melhorar a qualidade de vida. “A atividade é importante para a saúde, alivia o cansaço durante o trabalho e melhora a circulação sanguínea”, ressaltou a educadora. Neste pouco período com os internos, ela se sente bem e destaca a relação de respeito no ambiente.
Para a gerente de Produção e Laborterapia, Cinthya Moreno, os resultados já são perceptíveis e tem inclusive ajudado na produtividade. “Começamos com uma aula por semana e os próprios reeducandos pediram para aumentar as sessões. Hoje estamos com duas aulas por semana e nos dias em que eles fazem as atividades melhora a produção”, comemora.
Os reeducandos se sentem bem quando são vistos como pessoas normais, afirmou Cinthya Moreno, ao acrescentar que o ambiente ficou mais agradável e melhorou o astral dos internos.
Além dos reeducandos dos setores de marcenaria e artesanato, também são contemplados com a ginástica laboral os internos de outras áreas do Complexo Prisional, a exemplo do Presídio Feminino Santa Luzia e das oficinas da Fábrica de Esperança: horta, engenharia, capinagem, cozinha, pintura, entre outras.
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