O juiz da Execução Penal de Campina Grande, Fernando Brasilino Leite, determinou a prisão preventiva dos agentes penitenciários José Ildo dos Santos Rodrigues e Severino Ramos do Amaral, acusados de facilitar a fuga de cinco detentos, na madrugada do último sábado (4), no Presídio Regional do Serrotão. Os presos Claudiano Batista dos Santos, José Adriano Abreu da Silva, Luiz Fernando Santana da Silva, Fabrício Martins da Silva e Jocemir da Silva Costa tinham sido colocados numa cela isolada depois de uma primeira tentativa de fuga ocorrida há pouco mais de duas semanas.
Na primeira tentativa os detentos foram flagrados com coletes, sapatos, luvas e caneleiras confeccionadas com garrafas plásticas que seriam utilizados para protegê-los de choques das cercas elétricas no ato da tentativa de fuga. Já na segunda tentativa, na madrugada de sábado, eles conseguiram abrir o cadeado da cela em que estavam, caminharam até um matagal, ainda dentro do presídio, e depois conseguiram pular o muro, utilizando uma corda feita por lençóis.
Tão logo foi descoberta a fuga, a polícia deu início às investigações, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, e acabou chegando aos agentes penitenciários José Ildo dos Santos Rodrigues e Severino Ramos do Amaral, que foram apontados como colaboradores dos fugitivos, sendo imediatamente recolhidos à Penitenciária Padrão, de Campina Grande. Segundo as investigações, Severino Ramos teria sido o responsável por abrir a cela do isolamento, enquanto José Ildo dos Santos Rodrigues teria se encarregado de dar cobertura aos cinco detentos.
Depois de acatar o pedido de prisão preventiva dos dois agentes, o juiz Fernando Brasilino Leite informou que, além do Ministério Público, a Vara de Execuções Penais de Campina Grande acompanhará o inquérito até o fechamento das investigações. O secretário de Estado da Administração Penitenciária, Harrison Targino, também determinou o acompanhamento do inquérito policial por parte de uma equipe da Secretaria, como também a abertura de um inquérito administrativo para apurar os procedimentos de todos os servidores que trabalhavam no plantão na noite da fuga.
Questionado sobre a segurança nos presídios do Estado, ele ressaltou que qualquer delito envolvendo o sistema penitenciário será investigado a fundo: “A Secretaria não admitirá delitos e conivência dentro do sistema prisional, principalmente de servidores que têm o dever da contenção direta dos detentos”, enfatizou.
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