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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Laudo comprova que arma que matou agente e preso era de policiais


Os tiros que mataram o agente prisional Weslen da Silva Santos, 24, e o 
presidiário Uenes Brito dos Santos, 22, foram disparados de armas de grosso 
calibre, usadas por policiais militares que atuam na contenção da Penitenciária 
Central do Estado (PCE). O laudo definitivo deve ser entregue nos próximos 
dias pelo Instituto de Medicina Legal (IML) à delegada Anaíde Barros, da 
Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que preside o inquérito 
policial das duas mortes.

Nenhum dos 2 teve perfurações no corpo provocadas por "chuços", arma 
artesanal usada por Uenes quando rendeu o agente prisional, ao ser levado 
para outro setor da unidade. Weslen foi atingido no peito e teve pulmão 
e coração perfurados, morrendo praticamente na hora. Já Uenes chegou 
a ser levado para o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde morreu às 19h50 de 
segunda-feira.

Ontem a delegada já havia ouvido pelo menos 5 testemunhas, entre 
agentes penitenciários e prisioneiros. Uma informação que ficou clara é 
que não houve rebelião e que o ato de manter o agente como refém 
foi uma atitude isolada de Uenes e não contou com a aprovação dos 
demais prisioneiros. Ele veio transferido em maio de 2010 do Presídio de 
Água Boa (730 km a leste de Cuiabá), depois de ser preso por homicídio 
qualificado. A ficha dele apontava para um criminoso de alta periculosidade, 
que queria retornar à unidade prisional do interior.

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