Foto: Divulgação
Rio - Os autores de ‘Insensato Coração’, Gilberto Braga e Ricardo Linhares, continuam sua missão para denunciar a corrupção dentro dos presídios. Depois de mostrar Cortez (Herson Capri) comendo lagosta com vinho branco, agora preparam uma fuga cinematográfica para o banqueiro, à la Escadinha, o traficante da década de 80.
Na época, ele fugiu do presídio de Ilha Grande a bordo de um helicóptero. O banqueiro vai repetir o ato e deixar a casa de detenção — onde espera transferência para um presídio de segurança máxima — durante um banho de sol, a bordo de um helicóptero, se arriscando em meio a troca de tiros. “A fuga do Escadinha é mítica e serviu como referência. Cortez é ousado e foge em grande estilo”, revela o autor Ricardo Linhares que não confirma, mas já usou o banqueiro Salvatore Cacciola e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, como inspiração.
Assim como não foi fácil para Escadinha deixar a ilha, o piloto de Cortez também não terá moleza e vai ter que mostrar habilidade na hora do resgate.
“Ele vai ter que fazer um voo pairado (a poucos metros do solo), sempre vendo se tem obstáculos por perto. Sem uma superfície plana, há riscos do vento do próprio helicóptero atingir a cabine e derrubá-lo. Além disso, terá que fazer uma decolagem de grande ângulo, se deslocando verticalmente e depois para frente”, explica o piloto Pedro Beltrão.
NATALIE NA PIOR
Cortez só vai traçar esse plano porque está desesperado. Depois de ser condenado a seis anos de prisão pelos crimes contra o sistema financeiro, ele vai desenhar a planta da cadeia e entrega a seu advogado Wagner (Eduardo Galvão), que vai arquitetar todos os detalhes. “Ele tenta ajudar o Cortez da melhor forma. É o principal cliente dele. Mas não vai deixar o dele na reta”, conta Eduardo Galvão, que ainda não recebeu as cenas, mas conhece o comportamento de Wagner.
Quando conseguir deixar o local, Cortez vai soltar um sorrisinho — sempre ao som de ‘Que País é Esse?’ — e vai para sua mansão buscar Natalie (Deborah Secco) e o dinheiro que estaria escondido no cofre. O problema é que a gata já tinha descoberto a grana e gastou tudo em roupas e joias. Revoltado, ele xinga a esposa de piranha e fútil, dá um tapa na cara dela e recolhe o que restou dos dólares, deixando ela no Rio, sozinha. “É o rompimento definitivo. Natalie fica na pior e sem dinheiro. Ele precisa do dinheiro para financiar sua viagem até a Espanha. Como tem dupla nacionalidade, está seguro na Europa”, adianta Ricardo Linhares.
Vida Real
Em 31 de dezembro de 1985, José Carlos dos Reis Encina, o ‘Escadinha’, um dos traficantes mais perigosos da década de 80, protagonizou uma fuga cinematográfica, a bordo de um helicóptero, de dentro do Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, no litoral do Rio.
Como parentes visitavam os internos na ocasião, a polícia não reagiu e sequer trocou tiros com os bandidos. Escadinha também foi um dos fundadores da facção criminosa Comando Vermelho e foi assassinado em 2004, aos 48 anos, em Padre Miguel.
Na época, ele fugiu do presídio de Ilha Grande a bordo de um helicóptero. O banqueiro vai repetir o ato e deixar a casa de detenção — onde espera transferência para um presídio de segurança máxima — durante um banho de sol, a bordo de um helicóptero, se arriscando em meio a troca de tiros. “A fuga do Escadinha é mítica e serviu como referência. Cortez é ousado e foge em grande estilo”, revela o autor Ricardo Linhares que não confirma, mas já usou o banqueiro Salvatore Cacciola e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, como inspiração.
Assim como não foi fácil para Escadinha deixar a ilha, o piloto de Cortez também não terá moleza e vai ter que mostrar habilidade na hora do resgate.
“Ele vai ter que fazer um voo pairado (a poucos metros do solo), sempre vendo se tem obstáculos por perto. Sem uma superfície plana, há riscos do vento do próprio helicóptero atingir a cabine e derrubá-lo. Além disso, terá que fazer uma decolagem de grande ângulo, se deslocando verticalmente e depois para frente”, explica o piloto Pedro Beltrão.
NATALIE NA PIOR
Cortez só vai traçar esse plano porque está desesperado. Depois de ser condenado a seis anos de prisão pelos crimes contra o sistema financeiro, ele vai desenhar a planta da cadeia e entrega a seu advogado Wagner (Eduardo Galvão), que vai arquitetar todos os detalhes. “Ele tenta ajudar o Cortez da melhor forma. É o principal cliente dele. Mas não vai deixar o dele na reta”, conta Eduardo Galvão, que ainda não recebeu as cenas, mas conhece o comportamento de Wagner.
Quando conseguir deixar o local, Cortez vai soltar um sorrisinho — sempre ao som de ‘Que País é Esse?’ — e vai para sua mansão buscar Natalie (Deborah Secco) e o dinheiro que estaria escondido no cofre. O problema é que a gata já tinha descoberto a grana e gastou tudo em roupas e joias. Revoltado, ele xinga a esposa de piranha e fútil, dá um tapa na cara dela e recolhe o que restou dos dólares, deixando ela no Rio, sozinha. “É o rompimento definitivo. Natalie fica na pior e sem dinheiro. Ele precisa do dinheiro para financiar sua viagem até a Espanha. Como tem dupla nacionalidade, está seguro na Europa”, adianta Ricardo Linhares.
Vida Real
Em 31 de dezembro de 1985, José Carlos dos Reis Encina, o ‘Escadinha’, um dos traficantes mais perigosos da década de 80, protagonizou uma fuga cinematográfica, a bordo de um helicóptero, de dentro do Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, no litoral do Rio.
Como parentes visitavam os internos na ocasião, a polícia não reagiu e sequer trocou tiros com os bandidos. Escadinha também foi um dos fundadores da facção criminosa Comando Vermelho e foi assassinado em 2004, aos 48 anos, em Padre Miguel.
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