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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

'Combate à criminalidade em AL é feito no improviso', afirma Pedro Montenegro


Gazetaweb encerra, 
nesta sexta-feira (05), 
a série especial Problemas Urbanosmostrando que a 
violência está batendo a 
porta de escolas, postos 
de saúde, Correios e 
postos bancários. Mais 
que apresentar dados 
massificados, a reportagem 
traz a visão de especialistas
 sobre o assunto e 
alternativas para minimizar 
os problemas que tornaram 
Alagoas o estado mais 
violento do Brasil e Maceió 
uma das capitais mais 
perigosas para jovens.

PROJETO DE MONITORAMENTO É ABORTADO PELA 

PREFEITURA

O advogado Pedro Montenegro é enfático quando diz que em Alagoas, 

os gestores “improvisam” quando o assunto é segurança pública. 
Segundo ele, falta planejamento, ciência, informações capazes de 
fomentar um planejamento realmente eficaz de combate à violência 
no Estado.

Seguindo esse raciocínio, ele tentou, sem sucesso, implantar em 

Maceió um antigo sonho, o Observatório da Violência, durante os 
quase dois anos em que comandou a Secretaria Municipal de Direitos 
Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (Semdisc). 

Orçado em aproximadamente R$ 300 mil reais – numa etapa inicial 

– a prefeitura ofereceu a Montenegro meros R$ 40 mil. O ex-secretário 
diz que o município não aceitar bancar nem a despesa irrisória com a 
contratação de acadêmicos do curso de Ciências Sociais da Ufal. Sem
 recursos, o projeto nunca saiu do papel. 

CONTRATAÇÃO DE SEGURANÇA PRIVADA CRESCE 20%

No vácuo do número insuficiente de militares para o policiamento 

ostensivo, vem crescendo a contratação de vigilância em empresas 
especializadas. De acordo com um levantamento do Sindicato dos 
Vigilantes de Alagoas (Sindvigilantes), hoje são 4.500 homens fazendo 
vigilância em residências e estabelecimentos comerciais no Estado. 

José Cícero da Silva, presidente do Sindicato, diz que o setor tem 

crescido, diante da deficiência flagrante do efetivo de policiais em darem 
conta do avanço da criminalidade. “Fizemos um levantamento 
recentemente, e constatamos um aumento de 20% nesse último ano 
no número de vigilantes contratados. A cidade está muito violenta e o 
governo do Estado tem um efetivo reduzido. A sensação de insegurança 
da população é muito grande. O policiamento no centro da cidade é 
pouco, nos bairros nobres também. Isso tudo só faz crescer a procura 
pela vigilância privada”, avalia o sindicalista.
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ESTRATÉGIAS EM ANDAMENTO

Para conhecer as estratégias do governo para o combate à violência, 

a Gazetaweb conversou com o coronel Carlos Alberto Mendonça, 
diretor de Prevenção à Criminalidade, setor criado recentemente na
 Secretaria de Estado da Defesa Social, na tentativa de conceber
 iniciativas de forma mais planejada, como tem sido cobrado pelos 
especialistas.

Um dos avanços, afirma o coronel, são as bases comunitárias. No 

Conjunto Selma Bandeira, a redução das ocorrências policiais foi 
drástica, em torno de 70%, garante o coronel. Até agora já contam 
com o projeto os bairros do Osman Loureiro e Jacintinho, além do 
Selma Bandeira. O Vergel do Lago será o próximo a contar com esse
tipo de policiamento.

O sucesso, diz o coronel, se deve não apenas às rondas constantes, 

mas também à filosofia da aproximação dos policiais com a comunidade.
“Temos as rondas constantes, que devolve à população a sensação de
segurança, e isso tem reflexos muito importantes. Eventos, e qualquer 
tipo de aglomeração também são monitorados pelas equipes. Mas 
também tem sido salutar essa aproximação do policial e a comunidade. 
De conhecer os problemas de perto. Os policiais fazem visitas 
domiciliares onde ficam conhecendo as famílias, e nestas visitas, muitas 
vezes, são detectados problemas, como violência doméstica, crianças 
fora da escola, drogas, entre outros”, explica o coronel.
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O TRABALHO DA POLÍCIA

O comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Gilmar 
Batinga,
diz que ações como a ofensiva no conjunto Carminha, realizada 
nessa semana, é uma forma eficaz de atuação da polícia. Para ele, 
esse trabalho ostensivo precisa ser resguardado por um conjunto 
de outras ações do poder público, na área social e numa legislação 
mais eficaz.

“Nosso trabalho é combater os efeitos. É o policiamento ostensivo, 

de forma planejada, para garantir o melhor possível a segurança da 
população. Agora ações como a que fizemos no Carminha precisa 
de um respaldo dos governantes, com projetos sociais, que possam 
tirar o jovem das drogas, colocá-los na escola. O que mais vai 
acontecer com um jovem pobre que acorda e não tem uma ocupação? 
É inevitável partir para o lado errado”, afirma o coronel.

“Também é preciso o suporte de uma legislação mais efetiva. Hoje o 

crime é alimentado pela certeza da impunidade. Fazemos o nosso 
papel prendendo, apreendendo. Mas é preciso que isso tenha uma 
continuidade”, conclui Batinga.
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BALANÇO DE ASSALTOS

A sensação de insegurança começa quando entra em um coletivo. 

O Ministério Público Estadual constatou que, nos últimos dois anos, 
foram 777 assaltos a ônibus, e que nenhuma delas se transformou 
em inquérito. Em maio, em um dos assaltos, o cobrador José 
Noberto dos Santos, 58, acabou morto depois de ser atingido por 
dois tiros.

Saindo do ônibus e entrando na escola o perigo não diminui. Os 

estabelecimentos de ensino são outro alvo de assaltantes, além 
do comércio de drogas, que vê nos jovens em crescimento um 
potencial usuário de entorpecentes. Algumas escolas ultrapassaram 
a marca de uma dezena de assaltos e arrombamentos. Em junho, 
o diretor da Escola Mota Trigueiros, no Santo Eduardo, pediu 
exoneração à Secretaria de Educação, depois que a escola foi 
assaltada pela 10ª vez. 

Somente este ano, até março, nove agências bancárias foram 

assaltadas no Estado. O ação mais recente dos assaltantes foi 
à agência do Banco do Brasil, da cidade de Pilar. Dois caixas 
eletrônicos foram arrombados com maçaricos. No ultimo dia 
27 de julho, um assalto à agência dos Correios e Jequiá da Praia 
alcançou a marca de 20 assaltos nesse tipo de estabelecimento 
somente em 2011. O cálculo da criminalidade é da própria instituição. 

Nem a proteção divina segura a onda de criminalidade no Estado. 

Em Maceió, igrejas têm sido alvo da cobiça dos assaltantes. Em 
uma das ações, num templo evangélico no bairro da Jatiúca, 
três homens armados levaram computadores e dinheiro.Na onda de assaltos que varre a cidade, os postos de saúde, 
que possuem estrutura precária, ficam ainda mais desfalcados. 
No bairro do Jacintinho, O posto de saúde Doutor José Araújo 
Silva já foi alvo de assaltos cinco vezes. Na mas recente, em 
março deste ano, foram levados aparelho de TV, computadores 
e até um tubo de oxigênio.
'Combate à violência é feito no improviso', afirma Montenegro.
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Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=237940

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