Uma operação denominada “Espectro” foi deflagrada na manhã desta terça-feira (9) pelas polícias Civil, Militar, Secretaria da Fazenda, Força Nacional e Ministério Público Estadual (MPE) por meio do Gecoc - Grupo de Combate às Organizações Criminosas na intenção de desarticular uma quadrilha acusada de desviar R$ 300 milhões da Secretaria de Estado de Defesa Social de Alagoas (Seds). Os crimes, segundo o Ministério Público, ocorriam por meio de notas fiscais frias, fraude em licitação, e venda de produtos superfaturados.
O MPE explicou que o desvio pode chegar a R$ 300 milhões e a investigação começou com a Controladoria Geral do Estado e o setor de inteligência da Secretaria da Fazenda do Estado. Os acusados elaboraram um suposto esquema e durante cinco anos desviaram esse montante de recursos da Secretaria de Defesa Social do Estado.
No total são 17 mandados de prisão; 34 mandados de busca e apreensão; todos expedidos pela 17ª Vara Criminal. Os presos, acusados de participarem do esquema, os contadores José Carlos Dantas, Irani Martins de Omena Brito, Antônio Luiz Gonzaga Filho e Tânia Lúcia Feijó de Andrade e os empresários Luzinete França Arakaki, o filho dela Emerson Toshio Arakaki e Délio Xavier Tavares foram encaminhados à Central de Polícia, no bairro do Prado.
Todos estão com prisão temporária, de cinco dias, decretadas. Eles devem ser levados para a Casa de Custódia, localizada no bairro do Jacintinho. Se comprovada a participação dos acusados nesse esquema, eles vão responder por utilização de documento falso; falsidade de documento público; falsidade de documento particular; formação de quadrilha; sonegação fiscal; fraude em licitação; e se comprovada a participação de agentes públicos, peculato entra na lista de crimes a ser respondido.
Esquema funcionava há cinco anos
Quando estava à frente da pasta da Defesa Social, o então secretário Paulo Rubim recebeu informações de uma fraude no órgão governamental. Rubim repassou a denúncia para ser investigada e o resultado foi o desencadeamento da Operação Espectro.
De acordo com Luiz Vasconcelos, promotor do Grupo de Combate às Organizações Criminosas, a avaliação dos documentos pode conduzir a prisão de agentes públicos, desencadeando uma segunda fase da operação. A investigação começou a partir de um pedido da Controladoria Geral do Estado que solicitou a observação de notas fiscais de produtos alimentícios que eram revendidos ao Estado. Operação Espectro foi desenvolvida em Maceió e Marechal Deodoro.
Investigação durou cerca de um ano
Na prática, explicou o secretário da Fazenda, Maurício Toledo, as empresas tinham materiais no valor de R$ 1 milhão em seu estoque. O dono da empresa criava um estabelecimento comercial de fachada e fabricavam notas frias, dando a perceber que as mercadorias repassadas à Secretaria de Defesa Social foram adquiridas por um valor bem maior, a exemplo de R$ 3 milhões. Ao todo 73 empresas estariam envolvidas na fraude, no entanto, apenas 12 foram investigadas.
“Ao analisar esses documentos minuciosamente, tomar conhecimento dos depoimentos dos suspeitos, podemos chegar ao montante de R$ 300 milhões desviados. É preciso ressaltar que as pessoas envolvidas no esquema serão processadas por civilmente e criminalmente”, garantiu o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares Mendes.
HUM COMEÇOU COM O RUBIM, A INVESTIGAÇÃO.... ENTÃO PENSEMOS JUNTOS, SE SÃO 5 ANOS DE INVESTIGAÇÃO, SE FOI INICIADA COM O RUBIM, VAMOS VER FIGURAS CONHECIDAS NESTES INQUÉRITOS... OU NÃO?? ACREDITO QUE SIM...
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