O intendente-geral do sistema prisional disse acreditar na possibilidade de crime praticado por outros reeducandos.
Jailson do Nascimento Vasconcelos, pai do reeducando Jailson do Nascimento Vasconcelos Júnior, 22, encontrado morto dentro de um banheiro do presídio Cyridião Durval, em Maceió, na tarde da última quarta-feira, não acredita na hipótese de suicídio para explicar a trágica morte do herdeiro que prometera, 24 horas antes, regenerar-se e trabalhar para sustentar o filho de apenas três meses.
“Estive com ele um dia antes do crime. Ele me falou sobre as dificuldades enfrentadas dentro da cadeia e se dizia arrependido da prática do crime que o levou ao xadrez há pouco mais de um ano”, explicava à Gazeta, ontem pela manhã, o autônomo Jailson Vasconcelos, segundo o qual seu filho tinha tido leve desentendimento com um agente penitenciário e com um reeducando durante a última rebelião no sistema carcerário.
Delegada toma novos depoimentos
As investigações sobre as três mortes ocorridas no Sistema Prisional Alagoano avançam. Na manhã de ontem, a delegada Ana Luiza Nogueira prosseguiu com depoimentos de agentes que estavam de plantão no domingo, dia em que os reeducandos José Lovêncio dos Santos, 31 anos, e José Domingos da Silva, 41, foram encontrados enforcados na enfermaria do Presídio Baldomero Cavalcanti.
Para piorar a crise envolvendo as unidades, na segunda-feira, o reeducando Jailson do Nascimento Vasconcelos Filho, 22 anos, também foi achado morto, no Cyridião Durval.
Em relação aos dois primeiros casos, a principal linha de investigação aponta para a possibilidade da conivência ou omissão de agentes penitenciários. Por isso, durante toda a tarde de ontem, a situação foi discutida numa reunião sigilosa que contou com a cúpula da Secretaria de Defesa Social.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=223372
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