Nos últimos sete anos as entidades sindicais de Rondônia apareceram bastante! Reivindicações e protestos contra injustiças aos trabalhadores levaram sindicalistas às muitas páginas de jornais impressos e eletrônicos. Greves, paralisações e manifestações públicas movimentaram maças de trabalhadores e evidenciaram a desarmonia entre sindicatos e governo.
Para a sindicalista Claudir Mata (Sintero), a falta de abertura impossibilitava a alternativa de conquistas através do diálogo. “Não tínhamos acesso ao governo para o diálogo, por isso tivemos que recorrer ao exercício da pressão, através da greve”. Claudir encabeçou vários movimentos paredistas no Estado, na luta por melhores condições de trabalho aos servidores da Educação.
Os policiais civis também paralisaram as suas atividades; os servidores do judiciário também, além de outras categorias. E nos postos fiscais fazendários do Estado, filas intermináveis de caminhões de cargas foram notícia na mídia nacional, em conseqüência das paralisações dos auditores fiscais, por melhorias no locais de trabalho ante riscos à vida dos servidores e dos contribuintes.
Outra categoria que se revela injustiçada no governo passado é a dos agentes penitenciários. “O governo e a Secretaria de Justiça [Sejus] eram fechados para nós, e o nosso PCCS era uma questão esquecida e mantida dentro na gaveta. Não havia nenhum interesse por parte do governador, nem por parte do ex-secretários da Sejus de nos atender”, disse Adriano de Castro, ex-representante da categoria.
MUDANÇAS
A Eleição de um governo de oposição nas eleições 2010 revelou o anseio de mudanças na forma de gerir o Estado. Antes mesmo de tomar posse, o atual governador Confúcio Moura declarou: “não terá greve durante a minha gestão”. Até o momento, esta profecia se confirma.
“Não há fórmula mágica para a harmonia entre o governo e as classes trabalhadoras. O caminho é o diálogo. A conquista através do diálogo evita desgastes com greves, e todos acabam ganhando ”, observou o presidente da Comissão Intersindical, Israel Borges.
Diálogo é justamente o caminho por onde tem seguido o novo governador. Inclusive, em seu primeiro mês no Palácio Getúlio Vargas já se sentou à mesa com a diretoria do Sintero para discutir sobre as primeiras medidas a serem adotadas pelo governo do Estado, visando à valorização dos trabalhadores em educação e à melhoria da qualidade do ensino nas escolas públicas estaduais.
E em relação aos agentes penitenciários, a nova secretaria da Sejus, Mirian Spreáfico, revelou que uma das primeiras coisas que o governador lhe pediu foi urgência no PCCS da categoria. O processo de elaboração do Plano já está em fase conclusão. Para tanto, “foi formada uma comissão com a participação dos próprios agentes, seguindo uma orientação do governo do Estado, que é valorizar o servidor e aproximá-los mais”, informou a secretária.
INVESTIMENTO NO SER HUMANO
De acordo com dados divulgado pelo presidente do Sindafisco, Mauro Roberto, a arrecadação tributária em Rondônia vem aumentando a cada ano, com uma média de crescimento de 250% nos últimos anos. Falando sobre o assunto, Mauro desabafou: “... governos se autopromoveram em cima do aumento da arrecadação, sem dar o menor valor aos servidores diretamente responsáveis por tal resultado. E tivemos que trabalhar com a falta de condições de trabalho e com insegurança nos postos fiscais, enquanto se investia muito em estradas e rodagens”.
Mas agora, “uma das metas do atual governo é implementar e otimizar a receita do Estado para que se possa investir mais no ser humano, através de investimentos em setores importantes, como a saúde, educação e segurança”, garantiu o secretário de Finanças do Estado, Benedito Antônio Alves, durante o 1º Encontro de Gestores da Sefin, ocorrido no último dia 28 de janeiro.
Nesta segunda-feira (21-02), o secretário adjunto da Sefin, Wagner Luiz de Souza, afirmou que “a valorização do servidor foi foco no Encontro de Gestores, e é prioridade no novo governo e na atual gestão da Secretaria de Finanças”. – notícia muito boa para muitas classes trabalhadoras que anseiam por melhores salários e melhores condições de trabalho, para continuar servindo com motivação o “novo governador” e a “nova Rondônia”.
Fonte: http://rondoniadinamica.com/ler.php?id=23404&edi=1&sub=3
