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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
CNJ dá continuidade a investigação sobre venda de setenças no TJ/AL
A investigação sobre o esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) ganhou um novo direcionamento no último dia 30. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acatou a denúncia feita pelo ex-delegado Wladney José da Silva, que chegou a ser preso, acusado de ameaçar magistrados. A Polícia Federal e o CNJ investigam ainda, 196 processos contra construtoras, considerados milionários, movidos pelo advogado Luiz Alberto de Carvalho.
Wladney afirmou ao Cadaminuto que além dos magistrados citados anteriormente no esquema irá representar uma desembargadora. “Vou representar criminalmente a Nelma Padilha também, pois tenho certeza que ela nem analisou os autos do meu processo. A decisão aconteceu ás vésperas de um feriado, pra ninguém saber, mas estou acompanhando tudo e vou entrar com recurso especial”. A prova que minha denúncia procede é a continuação da investigação do CNJ, mas só vou saber o próximo passo quando for a Brasília, semana que vem. Sei que eles não dariam o braço a torcer diante desse escândalo e querem mostrar que eu estava errado", informou.
Segundo ele, o advogado citado nos demais processos investigados é laranja de Fernando Costa, acusado de ser o intermediador da venda de sentenças entre os magistrados. Wladney informou que pretende dar entrada no judiciário para que seu caso chegue até o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-delegado disse que com as recentes decisões percebe que o TJ/AL se transformou em um lugar de maracatuaias.
“Como um advogado tão jovem encabeça todos esses processos?O Fernando Costa está por trás disso. No processo da minha família houve rescisão do contrato pelo comprador, mas ele diz que só deve R$ 16 mil, só que foi ajuizado para ele depositar R$350 mil. Essa sentença foi favorável no Fórum, porque ele só deu uma entrada de R$ 320 mil e um apartamento como garantia do restante, mas que está irregular. O valor da dívida dele é de R$ 410 mil, por um imóvel que meus pais passaram a vida para conseguir", afirmou.
Ele lamentou que 8 meses após o escândalo no judiciário ninguém tenha sido punido. “Isso me dá a certeza da impunidade. Os acusados até foram instruídos pelo mesmo advogado quando prestaram depoimento à polícia, o que achei estranho, já que eles disseram que não tinham nenhuma relação de amizade. Volto a afirmar que essa quadrilha existe e continua atuando”, ressaltou.
O esquema
Depois de denunciar a venda de sentenças no TJ/AL Wladney José da Silva, passou 45 dias preso, acusado de enviar uma carta ameaçando o desembargador Tutmés Airan, relator de um processo acerca de um imóvel da família do ex-delegado. Na denúncia ao CNJ ele acusa desembargadores, juízes, além de outras pessoas de fazerem parte do esquema.
O ex-delegado cita o advogado Fernando Costa – que segundo ele atuaria como lobista, fazendo intermediações e promovendo grandes festas com autoridades do Estado para acertar detalhes da venda de sentenças - e Flávio Baltar Maia, funcionário do TJ/AL. Eles chegaram a ser presos.
Fonte: http://www.cadaminuto.com.br/noticia/2010/09/20/cnj-da-continuidade-a-investigacao-sobre-venda-de-setencas-no-tj-al
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