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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Equilíbrio marca debate entre candidatos na TV GazetaLíderes de pesquisas evitaram agressões e preferiram discutir propostas para Alagoas



Lessa, Agra, Téo, Piones e Collor debateram na TV Gazeta, com mediação do jornalista Alexandre Garcia

Eles participaram do encontro procurando adotar uma postura de não agressão, sem troca de farpas, preferindo discutir propostas para Alagoas. Os outros dois candidatos, Mário Agra (PSOL) e Jeferson Piones (PRTB), também apontaram saídas para problemas do Estado, mas tiveram participação mais agressiva. As discussões começaram às 22h40 e terminaram aos 40 minutos de hoje, mediadas pelo jornalista Alexandre Garcia, da Rede Globo. A Gazetaweb transmitiu todo o debate ao vivo e em tempo real, através de seu blog e do Twitter.

O candidato Tony Cloves chegou a ter acesso às dependências da TV Gazeta para participar do debate, graças a uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral que autorizava a sua presença. Contudo, poucos minutos antes do início do encontro, os organizadores do evento conseguiram derrubar a liminar junto ao Tribunal Superior Eleitoral, através de despacho assinado pelo ministro relator Marcelo Ribeiro.

Do lado de fora da sede da Organização Arnon de Mello, na Rua Aristeu de Andrade, no Farol, correligionários de Collor, Téo Vilela e Lessa se agruparam, com trios elétricos, telões e muitas bandeiras. Em número menor, também marcaram presença adeptos das candidaturas de Jeferson Piones e Mário Agra. Eles torceram por seus candidatos com muita vibração, de forma ordeira, sem troca de agressões, dando uma lição de democracia.



Fernando Collor chegou acompanhado de sua esposa

O debate foi constituído de cinco blocos. Dois com temas determinados sobre educação, saúde, segurança pública, habitação, entre outros, sorteados pelo mediador. De acordo com os temas sorteados, as perguntas eram elaboradas pelos candidatos e feitas entre si. A escolha dos 12 temas incluídos na urna ficou a cargo da produção da TV Gazeta. Os outros dois blocos foram livres. Cada candidato escolheu a quem e o que perguntar. O último bloco foi para considerações finais

Debate tem início com discussão sobre cultura, planejamento e violência

O debate teve início com o mediador das discussões, o jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, explicando aos cinco candidatos as regras que norteariam perguntas e respostas. Em quatro dos blocos, um foi destinado exclusivamente às considerações finais, enquanto que nos demais, o mediador sorteou perguntas e candidatos que seriam indagados, com cada um tendo um minuto e 30 segundos para resposta, um minuto para réplica, além de mais um minuto para a tréplica, de modo que todos os postulantes a mandato eletivo pudessem participar igualitariamente.



Jeferson Piones foi um dos primeiros a chegar

Abrindo o debate, o primeiro a perguntar foi o candidato Ronaldo Lessa (PDT), que dirigiu sua indagação a Jeferson Piones (PRTB). Com o sorteio do tema cultura, Piones disse enxergar um ‘descaso em relação a tudo nos últimos 20 anos’. “É preciso se repensar Alagoas entendendo a cultura como aquilo que vem de dentro do povo, aliada ao turismo e à educação, trazendo grandes divisas ao Estado, que possui uma grande diversidade. Mas, reforço, é preciso que se alie esta cultura à educação, porque, com a quantidade de analfabetos, as pessoas não vão entendê-la”, avaliou.

Em sua réplica, Ronaldo Lessa lembrou avanços que teriam marcado seu governo. “Nós dobramos o número de vagas na Educação. Mas o turista não quer ver só praia. Proponho que haja uma legislação de incentivo à cultura em Alagoas”, analisou Lessa, sendo rebatido por Piones, que questionou os investimentos citados por Lessa. “Não podemos dizer que o que vemos está muito bonito. Não podemos falar em evolução também naquele governo. O povo vê”, discordou.



Mário Agra cumprimentou jornalistas

Na sequência, foi Jeferson Piones quem perguntou a Fernando Collor sobre ‘Crescimento das Cidades’ – o segundo tema sorteado –, indagando-lhe sobre suas propostas caso seja eleito.

Em resposta, Collor lembrou os avanços que implementara quando prefeito de Maceió. “Quando fui prefeito, elaboramos um Plano Diretor. Graças a isso, a nossa capital não cresceu de forma tão desordenada. Também investimos no turismo. Daí surgiram hotéis importantes, a partir da organização das praias de Ponta Verde e Jatiúca. Outro avanço foi a duplicação da Avenida Assis Chateubriand. Minha preocupação é que o plano foi descaracterizado, com o anúncio da construção de prédios de 20 andares na região norte, por exemplo”, argumentou o também senador da República, que ouviu de Piones que ‘a citada falta de planejamento é a causadora do surgimento de tantas favelas em Maceió’.

Na tréplica, Collor emendou: “Àquela época, a vinda de pessoas do interior para a capital, em busca de melhores condições de vida, era algo que não caberia a mim resolver. O que pudemos fazer, fizemos”.



Ronaldo Lessa chega para o debate

Dando sequência ao debate, Fernando Collor, novamente com a palavra, fez pergunta ao candidato Téo Vilela sobre a ‘elevada carga tributária em Alagoas’, indagando-lhe sobre como trabalharia para resolver o problema. “Nós temos beneficiado as empresas por meio de incentivos fiscais. Alagoas hoje oferece segurança jurídica e dá a devida assistência ao empresário. Hoje, 42 novas indústrias estão chegando, além de 30 novos hotéis. Apenas o estaleiro de Coruripe vai gerar 10 mil empregos diretos. Mas tributo é importante para sustentar a máquina pública”, respondeu o governador.

Contudo, Collor, na réplica, discordou dos números apresentados pelo candidato tucano. “Sinceramente, não vejo tanto investimento. Falta um combate sistemático à violência, que afugenta os investidores. Falta também investimento em Educação”, reforçou o candidato do PTB.



Teotonio Vilela chega à TV Gazeta

Novamente com a palavra, Vilela disse que a questão da violência ‘é realmente um problema nacional’. “As ações que temos feito são contundentes no combate ao crime. Estamos numa luta constante. Mas as empresas estão chegando”.
Téo Vilela agora pergunta a Mário Agra, citando projeto do governo estadual que, segundo ele, seria exemplo para o Brasil, indagando o candidato sobre suas propostas no quesito Educação.

Em resposta, Agra ressaltou existir, segundo ele, um grande déficit devido à evasão escolar em Alagoas. “O Estado de Alagoas possui o pior índice em Educação. O governador fala como se estivéssemos vivendo na Suécia ou na Dinamarca. Falta também investimento nos jovens para que ingressem no primeiro emprego. Governos anteriores também foram responsáveis por esse caos”, alfinetou o candidato do Psol, sendo questionado pelo atual chefe do Executivo.

“Conseguimos cinco mil novos computadores e disponibilizamos 51 mil vagas a mais. Estamos também capacitando os professores, para que egressos do ensino fundamental possam migrar preparados”, comentou Vilela, sendo novamente rebatido por Agra, que disparou: “O nível salarial dos professores deixa a desejar. Parece não existir sequer sala de aula. O Governo tem de buscar dinheiro com os devedores, mas muitos deles não são cobrados. É por isso que temos estes índices sociais negativos”.

Já quando o tema sorteado foi dívida pública, o candidato Mário Agra foi quem formulou pergunta, reportando-se à forma com que o próximo governador irá tratar do assunto, dirigindo a indagação a Ronaldo Lessa, que respondeu: “Fomos buscar o que Alagoas tinha a receber quando governador. Isso aconteceu inclusive com o setor mais importante, o dos usineiros. Mas a outra dívida pública diz respeito ao governo Fernando Henrique Cardoso e que ainda muito castiga o nosso Estado”.

Novamente com a palavra, Agra engrossa seu discurso acerca do endividamento do Estado. “O senhor governador ‘empurrou’ a dívida”. Na tréplica, Ronaldo alfinetou: “Fizeram o acordo e o Téo ‘usineiro’ acabou beneficiado”.

Na sequência, encerrando o primeiro bloco, a produção do debate concedeu direito de resposta a Collor, acusado por Mário Agra de ter deixado um ‘rombo’ em Alagoas quando governador. O senador afirmou, categoricamente, que o acordo dos usineiros ‘foi uma decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], determinando que pagássemos àquela categoria, sob pena de o Estado, à época, sofrer intervenção federal’. “O senhor candidato precisa fazer um exame de consciência acerca das mentiras que diz”, criticou.

2º bloco do debate

O 2º bloco do debate da TV Gazeta foi iniciado com os candidatos fazendo perguntas, uns aos outros, sobre temas livres. O primeiro concorrente a perguntar foi o tucano Teotonio Vilela, que indagou Mário Agra sobre a avaliação do psolista a respeito da área de agricultura. “O Governo do Estado extinguiu a Emater e a Empresa de Pesquisa e Extensão e não deu assistência técnica ao pequeno agricultor. Além disso, fez contratação de profissionais de forma provisória, quando o necessário é a realização de concurso público”, disse Agra.

Em réplica, Vilela respondeu que criou políticas públicas para a área. “Nós estamos resgatando a extensão rural. Contratamos provisoriamente, mas vamos fazer concurso. Adquirimos 150 viaturas para operacionalizar a agricultura no Estado e tiramos a febre aftosa da zona de risco desconhecido e a carne do nosso gado já pode transitar em todo o Brasil”, defendeu o tucano.

“No Sertão, no interior, há a necessidade da assistência técnica. Os agricultores estão há tantos anos sem assistência, sem o acompanhamento técnico e não venha dizer que os investimentos que você está fazendo são suficientes. Você manda 570 milhões para o sistema financeiro e não dá dinheiro para a agricultura”, afirmou Mário Agra em tréplica.

Em seguida, o agrônomo Mário Agra questionou Fernando Collor sobre a metodologia de pesquisa do Instituto GAPE. “O GAPE é um instituto autônimo, composto por professores capacitados da Universidade Federal de Alagoas e não sofre interferências de ninguém. É tanto que, em 2006, o candidato Teotonio Vilela Filho usou os números do GAPE para dizer que a sua eleição foi lícita. o GAPE dava o Teotonio como primeiro colocado”, argumentou Collor.

Agra continuou questionando os dados divulgados pelo GAPE e a credibilidade do Instituto, apesar de reconhecer que os profissionais que trabalham na entidade são altamente qualificados. Collor treplicou: “As pesquisas do GAPE não são manipuladas. Se assim fosse, seus resultados seriam rapidamente contestados por aqueles que também trabalham com pesquisas”, resumiu.

Em seguida, Fernando Collor comentou com o candidato Ronaldo Lessa a respeito de um recente levantamento divulgado por um instituto de pesquisa nacional que apontou as cidades de Maceió e Arapiraca como os dois municípios mais violentos do Brasil. Ele quis saber do ex-governador, o que fazer para reverter esse índice negativo.

“O atual governador diz que já recebeu do meu governo um alto índice de criminalidade. Então, eu pergunto: por que esse governo não investiu em pessoal? 85% dos policiais militares de Alagoas hoje fazem parte da corporação porque eu fiz os concursos. Na Polícia Civil eu tripliquei o efetivo. É preciso fazer mais concursos públicos. E, ainda na minha gestão, adquirimos 600 viaturas e ganhamos um prêmio nacional de Direitos Humanos”, disse Lessa.

Em réplica, Fernando Collor afirmou que o concurso público é uma das saídas para o combate à violência. “São cerca de 2,5 mil policiais militares para quase três milhões de habitantes. De fato, esse efetivo é muito pequeno para minimizar os índices de criminalidade. Além disso, 60% da tropa já tem mais de 45 anos”, alertou o petebista.

Lessa concluiu sua fala dizendo que o atual governo não adotou medidas para combater a violência e que mais de cinco mil pessoas já foram assassinadas nessa gestão.

Quarto candidato a ser questionado sobre tema livre, o professor Jeferson Piones falou a respeito de ‘pessoal’. Quando questionado por Ronaldo Lessa a respeito do que fazer para melhorar o quadro de servidores do Estado, o político do PRTB defendeu um planejamento participativo. “É preciso um planejamento participativo para saber em quais áreas estão as carências. Vamos saber do professor se ele está satisfeito e se existe carência na rede pública. Será que os recursos estão sendo aplicados de forma satisfatória na opinião dos funcionários da Saúde? Temos que ouvi-los para saber onde e no quê é preciso investir”, respondeu o professor.

O candidato à reeleição Teotonio Vilela foi indagado a respeito da sua participação na operação Navalha. A pergunta foi feita por Jeferson Piones. “Eu fui ao Ministério Público Federal prestar os esclarecimentos devidos à ministra Eliane Calmon. Quero dizer que esse problema da operação Navalha começou no governo do meu antecessor. A minha participação nessa história é porque fui pedir para que os recursos federais não fossem desviados para uma conta única do Estado”, defendeu-se Vilela.

Piones, em réplica, contestou o atual governador e chegou a ironizá-lo ao dizer que, se o Estado se preocupa tanto com verba pública, não deveria ter permitido a devolução de dinheiro destinado à Educação pelo governo federal. “Essa é uma gestão ineficiente, lenta e não sabe tirar Alagoas da miserabilidade”, alfinetou o professor.

“Essa não é uma gestão lenta, mas prudente”, retrucou Vilela.

Saúde, meio ambiente...

No terceiro bloco, os candidatos seguiram debatendo questões relacionadas aos mais diversos temas. O primeiro tema sorteado foi ‘investimento’, enquanto que o sorteado para fazer a pergunta foi Jeferson Piones, que escolheu perguntar para Ronaldo Lessa. “Não existe respeito ao uso do dinheiro público. Você teria condições de retirar pessoas, seus aliados políticos, que estariam agindo incorretamente?”.

Lessa respondeu afirmando que ‘todos que agiram irregularmente foram afastados de seu governo’. “Investimos seis vezes mais do que havia sido feito. Recuperamos as ALs 101 Norte e Sul. Trouxemos o aeroporto internacional, Centro de Convenções e a Nova Ceasa. Foram investimentos importantes de infra-estrutura. O que determina o crescimento é o investimento em pessoal, quando como fizemos com a carreira do professor”, recordou o ex-governador.

Novamente com a palavra, Piones disse que algumas empresas ainda preferem outros Estados a Alagoas, devido à falta de incentivos. “Não dá para cobrar algo indevido às pessoas que queiram aqui se instalar”, argumentou o candidato do PRTB. Na tréplica, Lessa lembrou também ter contribuído para com o desenvolvimento da rede hoteleira, ‘contribuindo assim à geração de emprego e renda’. “Também criei o Banco do Cidadão, incentivando o micro-empreendedor”, salientou.

Sorteado, Ronaldo Lessa perguntou para Collor sobre o que o candidato faria para melhorar a Saúde em Alagoas, lembrando ter construído a Unidade de Emergência do Agreste e ‘dobrado’ a Maternidade Santa Mônica. O candidato Fernando Collor corroborou com a opinião de que a situação de fato é caótica no que diz respeito ao tema em Alagoas. “Estive em Arapiraca para tentar evitar que um hospital particular feche por falta de condições de funcionamento. Assim também ocorre ao Hospital de Santana do Ipanema. Nós precisamos investir e ir além do quesito fiscal”, comentou.

Novamente com a palavra, Lessa lembrou, com indignação, ‘que Alagoas não possui uma única Upa (unidade de pronto atendimento)’. “Agora é que o atual governo, depois de quatro anos, vem começar a recuperar o hospital de Santana”, alfinetou o candidato pedetista.

Collor, de volta com a palavra, ressaltou a necessidade de ser aumentar o repasse do SUS [Sistema Único de Saúde] para os hospitais alagoanos. “Quando presidente, recebemos inúmeros prêmios pelos investimentos em Saúde, como na política de erradicação do Sarampo. Irei implantar os muitos projetos que deram certo aqui em nosso Estado”, conclamou.

O candidato Fernando Collor, na sequência, foi o sorteado para perguntar a Vilela sobre meio ambiente. “Temos um problema muito sério em Alagoas, com nossas praias completamente poluídas. A balneabilidade é baixíssima também em nossas lagoas. Qual o seu programa para despoluí-las?”

Em resposta, Vilela confirmou as afirmações e comentou: “Quem vai à Vila Brejal vê o esgoto sendo despejado na lagoa. Mas estamos realizando o maior programa de saneamento de Alagoas, retirando o esgoto das portas das casas e limpando a lagoa, saneando Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Quando assumi o governo, tínhamos 15% de área saneada. Ao final deste ano, teremos 30%. Sabemos que é preciso fazer muito mais. O déficit é imenso”.

De volta com a palavra, Collor disse que os números não condizem. “Alagoas tem 11,3% com condições ideais de saneamento. A última grande obra de saneamento foi no meu governo, em 1980, com a construção do emissário submarino. A última vez em que foi feita uma dragagem para evitar o sumiço do sururu, também foi no meu governo”, criticou o também senador.

Contudo, já na tréplica, Vilela reforçou: “As obras estão em andamento, com 80% concluídas em Maceió. Conseguimos também recursos para saneamento de todos os municípios da Bacia do São Francisco. Estamos também criando as zonas de proteção ambiental em áreas particulares, numa ação junto aos produtores de açúcar”.

Em mais um tema sorteado, Téo Vilela perguntou a Mário Agra sobre emprego. “Quando assumi o governo, Alagoas era recordista em desemprego. Estamos trabalhando para gerar emprego. O que o senhor faria?” Em resposta, Agra refletiu: “O investimento em turismo ainda é muito pequeno. A situação era e continua caótica. Muitas áreas têm potencial turístico deslumbrante, como de Piaçabuçu a Piranhas. Não funciona porque o senhor governador só explora a orla de Maceió. Falta ação de governo. Essas informações não batem com a realidade”.

Novamente com a palavra, Téo rebateu a acusação do candidato do Psol. “A Federação das Indústrias tem os dados, empresa por empresa. E estamos investindo naquela área, como na recuperação de estradas. Nunca se investiu tanto para gerar emprego, a exemplo da vinda da Vale Verde, de uma nova fábrica da Braskem, gerando dezenas de empregos”, afirmou o candidato tucano, o que não convenceu o adversário.

“Se essa estrada tiver a mesma velocidade com que está sendo duplicada a AL 101 Sul, nunca veremos nada concluído”, ironizou Agra, criticando o fato de o governo depender “‘somente’ dos PACs do governo federal”. Em seguida, foi Mário Agora quem perguntou a Piones sobre a solução que se poderia adotar contra a criminalidade, reportando-se ao fato de Alagoas já ter alcançado números que se comparariam à guerra do Iraque.

“Temos de dar qualificação à polícia, respeitando o policial em termos de salário e de infra-estrutura. Aqui as pessoas sabem onde o crime acontece, mas nada se resolve. Falta ação governamental, lembrando que o crime ocorre porque as pessoas não têm oportunidade de emprego”, respondeu Jeferson Piones.

Na réplica, Mário Agra lembrou que ‘dos oito mil policiais, mais de mil já deveriam estar na reserva’. “Nós servidores não recebemos aumento há anos. Neste Estado, sequer se recebe em dia. Para alguns não se paga nem o piso salarial”, criticou o candidato.

Na tréplica, Piones disse que toda a população ‘está refém da droga e dos criminosos’. “O governo atual faz a situação inversa. Ao invés de valorizar servidores da casa, traz pessoas de fora. Se o crime é organizado, a polícia precisa ser mais organizada ainda”.

4º bloco foi marcado novamente por temas livres

O 4º bloco do debate da TV Gazeta voltou a ser feito com temas livres. Mas, antes de iniciar o sorteio de quem seria o primeiro candidato a questionar um dos concorrentes, Teotonio Vilela teve direito de resposta concedido pela produção da emissora. Ele respondeu a uma crítica feita por Jeferson Piones, que afirmou que o governo sabe quem mata em Alagoas e não pune. “No meu governo, doa a quem doer, os inquéritos são feitos e encaminhados à Justiça”, disse ele.

Dando continuidade ao encontro, Fernando Collor perguntou a Teotonio Vilela sobre violência. Ele contou ao adversário político que fez uma caminhada em Chã de Bebedouro nesta segunda-feira (28), ocasião em que foi abordado por uma comerciante que pediu providências no combate a criminalidade e quis saber os planos de governo do tucano, caso seja reeleito.

“Quando assumi o governo a violência tinha crescido 300% . Equipamos a polícia com 400 viaturas e implantamos a polícia comunitária e vamos ampliá-la. Também ampliaremos o número de comunidades terapêuticas para recuperar os jovens das drogas”, prometeu Vilela.

Em seguida, Teotonio Vilela perguntou a Ronaldo Lessa sobre o porquê do governo do pedetista ter construído ‘poucas’ casas. “Seus números são diferentes dos meus. Eu construí 56Km de saneamento para milhares de casas que construímos. E se eleito, vou construir 40 mil porque contarei com o apoio do governo federal. Aliás, esse governo do Estado só tem construído habitações porque vem recursos da União, não tem um só centavo estadual”, afirmou Lessa.

Vilela rebateu, confirmou que o Estado tem recebido recursos federais, mas alegou que essa realidade só acontece hoje porque o governo ajustou as contas de Alagoas. “Alagoas hoje tem projetos, está adimplente, tem recursos para a contrapartida, presta conta dos convênios e zela pelas obras”, respondeu.
Sobre o recebimento de recursos federais, Lessa foi contundente: “O Estado hoje recebeu recursos federais, mas devolveu. Não interessa a esse governo educar o povo. E também devolveu verba do Pronasci”, acusou.

Terceiro candidato a responder perguntas no 4º bloco, o candidato Mário Agra falou o que pensa a respeito do tema ‘investimentos em Alagoas’. “Alagoas quase não faz investimentos, tem R$ 6 bilhões de uma dívida impagável. Na verdade, o que vemos, é que nós pagamos nossos impostos, mas os grandes não o fazem. Precisamos de mais estradas e muitas outras obras”, afirmou o psolista.

Lessa usou o espaço da tréplica para dizer que construiu o Centro de Convenções, que fez várias estradas e que investiu muitos recursos para o desenvolvimento de Arapiraca. “Já nesses últimos quatro anos, o que aconteceu? Não houve sequer um investimento em abastecimento. E Alagoas também precisa de políticas públicas para na área da energia”, disse o pedetista.

“O rombo que se fala que existe é grande, por isso, precisamos de fiscais mais independentes para poder fiscalizar e arrecadar com mais eficiência. Os ficais precisam de autonomia para trabalhar e cobrar não só dos pequenos comerciantes. Além disso, sabemos que os recursos arrecadados não são aplicados como devem”, criticou o professor do PRTB.

Piones também afirmou que o Estado não deve cobrar apenas daqueles que ‘não fazem parte do grupo político’ ligado ao poder e defendeu a realização de concurso público para o cargo de fiscal de renda.

Jeferson Piones, último candidato a fazer perguntas, indagou o candidato Fernando Collor sobre a sua declaração de bens e disse que o petebista possuía imóveis no exterior. “Eu não tenho bens fora do Brasil e tudo o que possuo está declarado em meu Imposto de Renda e na minha declaração encaminhada à Justiça Eleitoral como manda a lei”, respondeu Collor.

Na sequência, o petebista aproveitou o tempo restante para defender sua proposta de educação integral para crianças e jovens que estudam na rede pública de ensino. “Queremos escolas onde os alunos ingressem às 07h30 e só saiam às 17. No primeiro horário, vão estudar e, à tarde, vão se dedicar ao lazer, ao esporte, à cultura e, durante todo o dia, terão cinco refeições. Enfim, vamos semear a escola ampliada em todo território alagoano”, finalizou Fernando Collor.

Considerações finais



Por fim, o quinto e último bloco do debate, exclusivamente destinado às considerações finais de cada candidato. O primeiro a utilizar o tempo foi Mário Agra – cada um teve direito a um minuto. “Quero agradecer ao eleitor que nos vê, tendo a oportunidade de observar esta discussão. Saiba que não estou envolvido com ninguém que tenha sido acusado de corrupção. Nosso partido é novo, mas limpo”, resumiu Agra.

Na sequência, Ronaldo Lessa agradeceu à organização do debate ‘e a todos os políticos que nos apoiam, em especial ao presidente Lula, que me convocou para esta missão’. “Alagoas precisa crescer como cresce o Brasil. Não deram continuidade ao avanço de nosso governo. Por isso peço o seu volto para trabalhar em prol do trabalhador”, emendou.

Também em sorteio, Teotonio foi o terceiro candidato a se despedir: “Sou alagoano como vocês. Conheço cada pedaço dessa terra e quanto mais eu ando, mas me orgulho de fazer parte desse povo, que resiste e trabalha. Hoje somos um Estado honesto e digno. Voltamos a crescer, ainda temos problemas, mas tenho certeza de que estamos no caminho certo”.

Logo em seguida, foi o candidato Fernando Collor quem fez uso da palavra. “Esperança. Essa é a palavra que me motiva. Precisamos fazer renascê-la no coração de cada jovem, acometido pelos índices sociais negativos que tanto nos atormentam. Como prefeito, governador, senador, presidente da República e hoje presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, onde construi ótima relação com a ex-ministra e futura presidente Dilma”, avaliou o petebista.

E encerrando o debate, o candidato Jeferson Piones, do PRTB, fez uma ‘convocação’ ao eleitor alagoano. “Vote em 28 para a renovação desse Estado. Faremos de Alagoas um Estado para os alagoanos. Vote consciente”.

Fonte: Gazeta Web

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