Dalmo Sena teria sido isolado, perdendo poder no posto
Em plena disputa eleitoral pela reeleição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), o coronel Dalmo Sena deve entregar o comando da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) na próxima terça-feira (24) ao coronel Dário César, atual intendente-geral do Sistema Prisional do Estado (Igesp). Na última sexta-feira (20), o assunto era mantido sob sigilo na cúpula da segurança, e tratado como boato pelas associações militares – que já ameaçam um aquartelamento para o fim de setembro, véspera das eleições, caso Dário César seja confirmado como substituto.
A reportagem apurou que, na última sexta, o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, chamou o comandante Dalmo Sena ao seu gabinete e lhe fez o comunicado sobre a mudança, antecipada pela Gazeta, na edição do dia 30 de maio deste ano.
O fato que permeia a ascensão de Dário César ao Comando da PM e a queda do Coronel Dalmo Sena é a crise causada pelo desrespeito à autoridade do governador, quando o atual comandante, Rubim e o próprio Dário Césa se uniram e rejeitaram as indicações feitas por Vilela de nomes de policiais de sua confiança para ascenderem na carreira militar, por meio das vagas reservadas ao critério de promoção por escolha do chefe do Executivo.
Mas o comandante se viu surpreendido pelo que tem classificado internamente como "traição", que teria sido minuciosamente construída por integrantes do grupo liderado por Dário César, para que a queda de Sena não resultasse em um natural efeito dominó que tomaria o poder de toda a cúpula, inclusive do Secretário Rubim.
As informações apuradas pela reportagem dão conta de que o grupo aliado ao futuro comandante da corporação "minou" o poder de Dalmo Sena, deixando o comando praticamente "acéfalo" durante os últimos três meses desde o início da crise das promoções. E os protagonistas desta estratégia de sobrevivência política teriam sido o sub-comandante, coronel Luciano Antônio da Silva, responsável pela área administrativa, e o diretor de pessoal, tenente-coronel Dimas Barros Cavalcante, irmão de Dário César.
Com Sena sem função nem poder no mais alto posto da corporação, foi alcançado o objetivo da fazer a idéia da mudança ser aceita pelo governador como "natural e necessária", diante de uma situação de "letargia", supostamente causada pelo "engessamento" do comandante da PM, desde o início da crise.
Talvez movido pelo sentimento de que a "decapitação" estaria próxima, o comandante da PM chegou a afirmar, na última quarta-feira (18), que estaria "vivendo um inferno".
Fonte: Jornal Gazeta de Alagoas
AO CORONEL DÁRIO CÉSAR, CASO VENHA A SE CONFIRMAR SEU RETORNO A "BRIOSA",QUERO DEIXAR AQUI O MEU MODESTO RECONHECIMENTO E OS PARABÉNS PELA EXCELENTE ADMINISTRAÇÃO FRENTE A INTENDÊNCIA GERAL DO SISTEMA PRISIONAL (IGESP). CONFESSO QUE FUI SURPREENDIDO, MUITO POSITIVAMENTE, POR SEUS ATOS, ATITUDES E MEDIDAS TOMADAS FRENTE A ADMINISTRAÇÃO DA IGESP; POIS, ACHAVA, DE INÍCIO, QUE SERIA APENAS "MAIS UM" MILITAR DE PASSAGEM POR UM ÓRGÃO QUE HÁ DÉCADAS ERA UTILIZADO APENAS COMO "TRAMPOLIM" E/OU "CABIDE POLÍTICO" DE EMPREGOS E FAVORECIMENTOS. MAS, PARA NOSSA FELICIDADE, JÁ A PARTIR DE SUA PRIMEIRA SEMANA FRENTE A IGESP, FOMOS SURPREENDIDOS COM MEDIDAS ACERTIVAS, NECESSÁRIAS E QUE VALORIZARAM A CADA DIA, DURANTE SUA GESTÃO, O SISTEMA PRISIONAL E, PRINCIPALMENTE, OS AGENTES PENITENCIÁRIOS QUE FAZEM AQUELA CASA, ALÉM DE TRAZER MUITOS BENEFÍCIOS PARA OS PRESOS. E COMO O SR. SEMPRE DISSE: "MEU TEMPO AQUI É CURTO, QUANDO VOCÊS MENOS ESPERAREM ESTAREI INDO EMBORA". QUERO DEIXAR REGISTRADO TAMBÉM QUE ESPERO VER ESTA VALORIZAÇÃO DO SISTEMA E DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS, INSTITUIDA NESTA GESTÃO, PERDURAR PELAS PRÓXIMAS GESTÕES QUE SUCEDERÃO O CORONEL DÁRIO CÉSAR, POIS O SISTEMA TEM AINDA UM LONGO CAMINHO, COM DÉCADAS DE ATRASO, A SER PERCORRIDO; MAS, COMO ALGUÉM JÁ DISSE UM DIA: "TODA GRANDE VIAGEM/CAMINHADA, COMEÇA COM O PRIMEIRO PASSO". PARABÉNS POR TER DADO O PRIMEIRO PASSO!!! TENHA UM EXCELENTE RETORNO A "SUA CASA".
MARCELO AVELINO
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