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terça-feira, 10 de maio de 2011

Após protestos, militares decidem não fazer policiamento nas ruas nestas quarta e quinta-feira



Os policiais militares decidiram, em assembleia conjunta com outras categorias na tarde desta terça-feira (10), que nas próximas 48 horas (quarta e quinta-feira) não irão se apresentar nos quartéis para o serviço. É o que chamaram de “desaquartelamento”, uma espécie de greve de pequena duração. Depois de faltar dois dias seguidos, voltarão ao trabalho na sexta-feira (13), e ameaçaram não trabalhar no policiamento do jogo da seleção brasileira de futebol feminino contra o Chile, sábado, no Rei Pelé.
Depois da assembleia na Praça Deodoro, os manifestantes saíram em passeata em direção ao Palácio do Governo. Quando passaram na Praça D. Pedro II, houve uma grande confusão. Grevistas da PM, da Polícia Civil e dos agentes penitenciários, os mais exaltados, incitaram manifestantes a invadir a Assembleia Legislativa, onde os deputados estaduais estavam em sessão – e haviam acabado de derrubar o veto do governo e aumentaram seus próprios salários em 108%, passando de R$ 9.600 para R$ 20 mil.
Sem controle dos líderes, manifestantes derrubaram as cercas da Praça D. Pedro II e avançaram para invadir o prédio do Poder Legislativo. As portas foram fechadas a tempo pela segurança. Os manifestantes forçaram, tentando derrubar as pesadas portas de madeira. “Nós tivemos que usar toda a força da nossa liderança para conter os ânimos”, contou o major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas.
A confusão aumentou ainda mais porque policiais e agentes penitenciários soltavam, no meio da rua e da multidão, foguetes juninos e perigosas bombas tipo “cabeça de negro”, que explodiam com forte estrondo, causando correria de populares que passavam por ali ou esperavam no ponto de ônibus da praça.
Em seguida, a passeata tomou a Rua do Sol e seguiu para um protesto em frente ao Palácio República dos Palmares.
A todo momento, durante a manifestação, os líderes lembravam “o 17 de julho”, episódio histórico de 1997 quando a praça em frente à Assembleia virou cenário de batalha campal entre PMs, policiais civis e demais servidores em greve e tropas do Exército. O episódio forçou a saída do então governador Divaldo Suruagy do poder.
Desaquartelamento”
Na concentração, que começou por volta das 15 horas na Praça Deodoro, centenas de PMs, bombeiros e agentes penitenciários se reuniram na Praça Deodoro – em frente ao Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade das greves no serviço público estadual – e receberam reforço de policiais civis, que pouco antes haviam realizado assembléia que decidiu pela continuidade da greve que já dura três semanas. Também estavam na praça sindicalistas da saúde e da educação.
Depois dos discursos de líderes dos oficiais e da tropa, duas propostas de paralisação da PM foram feitas. A primeira foi a de aquartelamento – os policiais militares comparecem aos quartéis, mas lá permanecem sem sair para o serviço de policiamento nas ruas. Os líderes argumentaram que no aquartelamento “os oficiais obrigam a tropa a ir para as ruas, sob pena de prisão em flagrante e processo.”. Já no “desaquartelamento” de 48 horas, alegaram, não haveria esse perigo porque, segundo disseram, o crime de deserção só é caracterizado com a ausência ao trabalho durante sete dias seguidos; assim, o PM só teria que justificar os dois dias de faltas. Essa proposta foi aprovada por aclamação.

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