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terça-feira, 10 de maio de 2011

Mais devastador que o crack, oxi já faz vítimas em Maceió





Como este Blog já havia adiantado...

http://policiapenaldealagoas.blogspot.com/2011/05/chega-o-oxi-mas-devastador-e-barato-que.html

Pasta base de cocaína, gasolina ou querosene e cal virgem compõem a mistura explosiva para manipulação do óxi, a nova droga de alto potencial destrutivo que já está em circulação em Maceió. Consumida da mesma forma que o crack, outro subproduto da cocaína, o óxi causa dependência imediata e produz uma síndrome de abstinência tão intensa que o usuário pode ficar dias sem comer nem ir ao banheiro, movido apenas pela fissura.



A polícia afirma que ainda não registrou nenhuma apreensão da nova droga em Maceió, mas admite que o óxi esteja em circulação na cidade. “Não fizemos nenhuma apreensão, mas como já há pessoas dependentes da droga na cidade, elas podem ter tomado contato com a droga aqui mesmo. É possível, inclusive, que a droga esteja sendo manipulada aqui. Quem manipula o crack, pode manipular o óxi”, afirma o delegado de Repressão ao Narcotráfico, Ronilson Medeiros.
O psicoterapeuta Paulo Campos tem dois pacientes que, após ficar longe da droga pelo período de um ano, estão em tratamento para se livrar do óxi. Assim como o delegado, ele diz não ter conhecimento de que a droga esteja sendo comercializada aqui. “Um deles conheceu a droga em São Paulo e outro em Maceió. Neste caso, a droga foi trazida de fora”, diz o especialista.
Um dos aspectos curiosos da droga, segundo o médico, é que ela desenvolve uma crise de abstinência tão devastadora que aniquila o poder das outras drogas sobre o dependente. “A velocidade com que o óxi leva à síndrome de abstinência é tal que a pessoa perde o interesse por outras drogas, O usuário de maconha ou cocaína, por exemplo, pode adquirir uma quantidade grande da droga e ir consumindo aos poucos. O usuário de óxi, não. Se ele adquirir 50 pedras, consome todas, até a droga acabar. Pode ficar dias sem comer, faz as necessidades na roupa, perde completamente a noção sobre a higiene ou aparência. A pessoa fica em condições sub-humanas, passando a viver em função da droga ”, explica Paulo Campos.
O especialista diz que é difícil afirmar com quantas doses uma pessoa pode ficar dependente do óxi, mas diz que, assim como o crack, é difícil alguém tomar contato com a droga sem antes ter passado por outras substâncias psicoativas.
Questionado sobre os dois pacientes em tratamento, ele conta que um tem 40 anos e pelo menos 20 passagens por clínicas de tratamento de dependentes químicos, hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas. O outro tem 20 anos, três internações para desintoxicação e uma prisão. Os dois tiveram contato com vários tipos de drogas, inclusive as chamadas sintéticas, como ecstasy e LSD. “As pessoas que chegam a usar drogas como crack e óxi, em geral, têm contato antes com outras substâncias psicoativas”, comenta. “Um dos pacientes em tratamento integra o que na literatura médica é definido como F-19, que é o portador de vários distúrbios psíquicos, inclusive distúrbios sexuais, associados ao uso das drogas”, explica o médico.
Apesar do dano causado ao usuário, no entanto, o psicoterapeuta afirma que o consumo de óxi tem características próprias que terminam por facilitar o tratamento. “A fissura é tão forte que não tem parâmetro com os efeitos causados por outras substâncias”, diz o médico. Mas por ser uma droga nova, alguns pacientes são encaminhados para tratamento em outros estados.
O potencial destrutivo do óxi é mais alto do que o do crack, podendo levar o usuário à morte com pouco tempo de uso. Com maior concentração de cocaína, o óxi provoca grande euforia, aumento da pressão arterial, alto risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC). Sua utilização progressiva pode levar à perda de memória e da capacidade de concentração e raciocínio.

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