O governado Teotônio Vilela Filho (PSDB) se irritou, na manhã desta sexta-feira, ao ser abordado para falar sobre os graves episódios envolvendo os protestos de servidores públicos na capital. “Tudo o que eu tinha a dizer sobre o caso do reajuste para os servidores, eu falei nas entrevistas”, disse Vilela para a reportagem da Gazeta. Ele se referia às duas entrevistas coletivas que concedeu na terça-feira e na quarta.
O repórter insistiu, mas não adiantou. Aliás, diante da situação que incomodava o tucano, assessores e seguranças trataram de afastar o homem do alcance do gravador e de mais perguntas.
Enquanto a situação pega fogo em Maceió, o governador inaugura o asfalto de rodovias no Litoral Norte do Estado. Ele esteve nos municípios de Porto Calvo e Maragogi. O recapeamento foi concluído às pressas para que Vilela cumprisse o prazo da entrega da obra aos prefeitos da região. Na véspera de sua visita, as faixas ainda eram pintadas.
No palanque dos discursos, o mesmo silêncio sobre a crise com o funcionalismo público. O pronunciamento do governador, visivelmente abatido, tratou de “desenvolvimento”, “transformação do Estado” e capacidade para “fazer muito mais”.
Com o tucano, além de alguns prefeitos, estava o senador Benedito de Lira (PP). Assim como os demais na caravana, Biu não fez menção aos problemas dos últimos dias registrados em Maceió.
A solenidade não foi prestigiada pelo povão. Téo Vilela chegou e foi embora de helicóptero – sem experimentar as curvas da rodovia inaugurada.
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