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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Servidores descartam reajuste de 7% e prometem manter paralisação


Líderes sindicais asseguram que indignação por parte do funcionalismo só tem crescido; 'As medidas do governo não nos leva a uma aproximação'
O ultimato dado pelo governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) aos movimentos sindicais na manhã desta quarta-feira (18) não agradou aos servidores públicos. É o que garantem os líderes sindicais ouvidos pela Gazetaweb na tarde desta quarta. Os servidores da Saúde, por exemplo, decidiram se reunir em assembleia ainda nesta quarta, com o intuito de se buscar um entendimento sobre o que fazer de agora em diante.

Para Josimar Melo, diretor do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), o novo percentual já teria sido rejeitado pelas categorias, quando 'ventilado' pela imprensa na última sexta-feira (13) de modo que o anúncio oficial já era esperado pelos servidores. 

"As medidas tomadas pela equipe do governador frente ao movimento de greve buscam esconder a ausência de uma política de segurança pública. Os nove mil homicídios cometidos em seu governo são uma demonstração disto. Premiar o policial militar que apreende armas, como forma de motivá-lo quando estamos a reivindicar reajuste, não representa qualquer inovação porque a atividade é uma obrigação do servidor. O Ministério Público, inclusive, já se posicionou contrariamente à iniciativa", comentou o diretor.

Ainda de acordo com Josimar Melo, a categoria também não estaria a se sentir pressionada com a 'ameaça' de o governador solicitar a prorrogação da Força Nacional em Alagoas, autorizando ainda a convocação de 600 homens da reserva da Polícia Militar, como forma de coibir qualquer movimento grevista. "Nada vai adiantar porque a Força Nacional, por exemplo, já provou não resolver o problema da criminalidade. E chamar policiais da reserva seria mais uma demonstração de que o Governo tem dinheiro, apesar de falar o oposto", analisou.

E quem já deliberou pela continuidade do movimento grevista foi o magistério. A vice-presidente do Sindicato dos Servidores em Educação (Sinteal), Maria Consuelo Correia, diz que os servidores receberam com indignação o fato de o governador Teotonio ter sorrido quando perguntado sobre se o Executivo teria a mesma pressa para atender ao pleito do funcionalismo - nessa terça-feira (17), o repórter Davi Soares, da Gazeta de Alagoas, fez um trocadilho ao entrevistá-lo sobre o lançamento do programa 'Alagoas tem Pressa', por meio do qual se contratou, por 14 meses, empresa de consultoria 'para otimizar as ações do Estado'. 

"A indignação é ainda maior", salientou a sindicalista. "Este é o retrato deste governo, que ri do servidor", reforçou Josimar Melo, do Sindpol.



VEJA VÍDEO DO GOVERNADOR RINDO:
http://www.youtube.com/watch?v=wmXvXaDPn9k&feature=player_embedded#at=11 



Projeto de lei por contratação temporária

Também é grande a insatisfação por parte dos servidores quanto à tramitação de projeto de lei, de autoria do Executivo e que versa sobre a possibilidade de o governo contratar, sem a necessidade de concurso público, por somente 48 meses. "Como se não bastassem os reajustes de mais de cem por cento concedidos aos deputados e secretários estaduais", afirmou àGazetaweb o presidente do Sindicato dos Previdenciários (Sindprev), Cícero Lourenço.

Segundo ele, os servidores tomaram conhecimento dos 7% apenas pela imprensa. "Estão a desconsiderar o debate democrático. Ficamos sabendo 'de boca', quando comunicado ao presidente da Central Única dos Trabalhadores [CUT]. Ou seja, as medidas do governo não nos leva a uma aproximação, já que, ao invés de negociar, abre setenta processos disciplinares contra militares que cobram seus direitos, reportando-se ao servidor de forma gozadora", complementou o presidente do Sindprev, acrescentando que, às 15 horas desta quinta-feira (19), uma nova assembleia geral unificada definirá os rumos da mobilização, em encontro a ser realizado na Praça Deodoro, região central de Maceió.

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