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domingo, 1 de maio de 2011

Dia do Trabalho é marcado por reclamações e protestos


Trabalhadores programaram uma manifetação na orla de Maceió para demonstrar inconformidade com reajuste estabelecido pelo Governo do Estado
Contrariando aos que acreditam que 1° de Maio é apenas mais um motivo para tirar uma ‘folga’, milhares de pessoas em todo o Brasil, diretamente envolvidas com a causa trabalhadora, celebram a data levantando bandeiras de reivindicações e comemorando o que já foi conquistado, a duras penas, ao longo dos anos. Neste Dia do Trabalhador, centenas de servidores programaram uma concentração na orla de Maceió, que teve início às 9 horas, onde expuseram o desgosto com o polêmico reajuste único de 5.9%, anunciado pelo governador Teotônio Vilela Filho. 

As áreas em que há maiores eixos de inconformidade são exatamente os setores em que Alagoas permanece em crise. Na Segurança, os policiais militares declaram que o dia é recebido com ‘tristeza'. “Sentimos a desvalorização por parte do governo e ficamos tristes, principalmente porque ela atinge diretamente à sociedade, com esse alto índice de criminalidade”, afirmou o presidente da Associação de Policiais Militares de Alagoas, major Fragoso. 

“Hoje, apesar de nossa profissão ser bastante digna, porque estamos correndo riscos de morte em defesa da sociedade, sentimos tristeza, como agentes da lei, com essas irregularidades praticadas e com o Governo que não quer cumprir com a lei”, acrescenta. 

A reclamação se estende aos policiais civis, que pleteiam receber um salário-base de R$ 7 mil, referente a 60% do que recebem os delegados de polícia. “Esses 5% representam apenas 1% do que queremos. O reajuste vai ser de R$ 90 e, ainda assim, divididos em duas vezes”, declarou o vice-presidente do sindicato, Josimar Melo. “Não temos o que comemorar. Não temos condições de trabalho, nem reajuste ao trabalhador. O ato, que deveria ser de comemoração, vai ser de protesto. Protesto contra o Governo”, emenda. 

CUT: ‘É dia de levantar as bandeiras’

Para o secretário de comunicação da Central Única dos Trabalhadores, professor Luiz Gomes, a data que comemora algumas conquistas como redução de jornada diária, férias e demais direitos trabalhistas, também serve para levantar as bandeiras dos direitos que ainda se devem alcançar. 

“ Hoje, uma das principais lutas da CUT é pela redução de 44 para 40 horas de trabalho. Hoje, a evolução tecnológica permitiu que se acelerasse a produção. Não tem mais sentido as pessoas trabalharem com o mesmo tempo de antigamente”, informa. 

Segundo Luiz Gomes, não é apenas pelas reivindicações de melhorias salariais ou de condição de trabalho que os servidores estão nas ruas neste 1° de maio. O professor alega que o próprio direito de greve tem sido ameaçado pelo que ele considera uma ‘ligação perigosa entre Judiciário e Executivo’. 

“Você pode ver que, quando servidores do município entram em greve, eles conseguem realizar suas mobilizações. Já quando os servidores são estaduais, o Governo aciona logo a Justiça, que sempre determina ilegalidade da greve. Essa utilização do poder judiciário para decretar greves ilegais limita nossos direitos constitucionais e Alagoas é campeã nesta prática”, disse ele. 

“É isso o que pretendemos levar para as ruas: o fim das práticas anti-sindicais, as bandeiras dos servidores, a defesa das estatais e a reforma agrária”, pontuou o sindicalista.

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