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domingo, 1 de maio de 2011

Sindicalistas chamam governador de ‘facista’


Movimentos sindicais vão às ruas e dizem que, em AL, não há o que se comemorar
Durante o ato em defesa dos servidores e dos serviços públicos em Alagoas, que acontece na orla marítima de Maceió, neste domingo, Dia do Trabalhador (01), os funcionários do Estado protestaram contra o governo tucano de Teotonio Vilela Filho (PSDB), chamaram o peessedebista de ‘facista’ e, com faixas, cartazes e paródias de músicas que estão fazendo sucesso no Brasil, reivindicaram melhores salários e condições de trabalho. 

Em todo o percurso, que teve concentração no Posto 7, na Praia da Jatiúca, centenas de servidores seguravam faixas e banners que traziam frases de efeito contra o governo do Estado: ‘Teosunami – no rumo errado. Destruindo tudo!”, e ‘o governo organizou, planejou e acabou com a Saúde, Educação e a Segurança Pública’ eram algumas delas. 

“Essa mobilização tem o objetivo de mostrar que o funcionalismo público é contra esse governador facista (o facismo foi uma corrente política, surgida na Itália no início do século passado, que condena os regimes socialistas e democráticos), que age com preconceito e discriminando aqueles que não estão a seu favor, apenas servindo-lhe. É preciso que ele se lembre que, somos nós, servidores, quem fazemos o Estado ser produtivo no serviço público”, disparou Cícero Lourenço, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Saúde, Previdência, Assistência Social). 

O sindicalista afirmou que os servidores da Saúde também lutam pela aplicação da isonomia, que teria sido prometida pelo governo desde 2008. “Foi um acordo assinado há quase três anos e ele nunca saiu do papel. Queremos os 40,83% que garantirão a isonomia para milhares de trabalhadores e o acumulado das inflações dos quatro anos da administração do Teotonio Vilela. É por isso que apenas 5,9% não nos atende”, explicou Cícero Lourenço, que alertou para a articulação de uma greve geral de todos o funcionalismo público. 

CUT e Sinteal também fazem críticas ao governo e ao TJ 

“Vou sim, posso sim, quero sim, o TJ não manda em mim”. Parodiando uma música de sucesso que está no top das paradas musicais, os movimentos sindicais tomaram às ruas da orla embalados por músicas de protesto contra o governo do Estado e contra as decisões do Tribunal de Justiça de Alagoas. 

“O Poder Judiciário tem tido mãos de ferro contra o servidor. Sem querer usar da ironia, a Justiça de Alagoas tem sido injusta e logo com a parte mais fraca do sistema, o trabalhador. Este ato também foi organizado em favor da liberdade e da autonomia dos movimentos sindicais, que estão sendo engessados de todos os lados. Lamentavelmente, em Alagoas, não há nada a se comemorar neste 01 de maio”, condenou Isaac Jackson, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas. 

O Sinteal engrossou o coro. “O Estado tem demonstrado que possui braços em todos os demais poderes. Ele quer nos deixar de mãos atadas, mas, nós não vamos ceder e nos calar. Vivemos um momento de calamidade pública no serviço público, com profissionais desmotivados e sem estrutura para trabalhar. Portanto, temos que gritar sim, temos que ir às ruas e denunciar os descasos. Na Educação por exemplo, estamos brigando pelo reajuste de 18.03% para os profissionais dos níveis elementar e médio por 25.03% para os professores. Trabalhador bem remunerado desempenha melhor suas funções”, disse Célia Capristano, presidente da entidade. 

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