MATO GROSSO - Cinquenta e oito detentos fugiram das unidades do Sistema Prisional de Mato Grosso nos últimos 4 meses. Ao todo foram 9 ações, que chegaram, sendo que 4 foram frustradas pela segurança. Os registros mais recentes aconteceram no Centro Socioeducativo de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) e na Cadeia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande, onde 3 presos conseguiram serrar as celas e foram interceptados quando tentavam passar pelo muro.
A tentativa foi descoberta por volta das 2h30 de domingo (20). Os fugitivos eram Pedro Paulo Pereira da Silva, 21, Alex Rafael Gusmão de Oliveira, 18, e Carlos Eduardo Moraes de Melo, 26.
No caso do Centro Socioeducativo, os adolescentes começaram um tumulto, que configurava o começo de uma rebelião. O coronel da Polícia Militar, Evandro Medeiros, diz que os policias entraram no local e fizeram a contenção. Ele explica que a guarda estava alerta e os "amotinados" não estavam organizados para conseguir sair.
Histórico - Apenas na Cadeia Pública de Cáceres, 39 detentos fugiram entre fevereiro e março. Nos 2 casos, eles fizeram túneis para chegar até a parte externa do prédio. No mesmo local, também foi registrada uma tentativa de fuga este mês.
Na semana passada, 6 detentos foram resgatados de dentro da Cadeia Pública de Rosário Oeste (128 km ao norte de Cuiabá). Em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), a fuga de um preso resultou na prisão do subdiretor do Presídio Ferrugem, Lucivaldo Vieira. Ele era amigo do fugitivo, Pedro Daguete, que respondia por homicídio, estupro e violência doméstica.
Este ano, outras prisões chamaram a atenção por mostrarem a fragilidade da segurança, como o caso das marmitas que chegavam à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, "recheadas" de celulares, chips e carregadores. No início deste mês, 7 presos tentaram fugir da unidade e provocaram até um blecaute. Em novembro do ano passado, 4 conseguiram sair pela porta da frente. Ainda na unidade, a advogada Gileuza Aparecida Garcia foi presa em flagrante quando tentava entrar com uma faca, drogas, celulares, chips e carregadores dentro de 3 colchões.
Outro lado - A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, mas não obteve retorno.
Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/materias.php?codigo=287187&codcaderno=13&GED=7045&GEDDATA=2011-03-22&UGID=07c911450b74bad0f0a9a429acf012ff
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