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terça-feira, 29 de março de 2011
Vice-governador: ‘Alagoas não precisa de mais policiais’
O vice-governador José Thomaz Nonô (DEM), durante reunião da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), realizada na manhã desta segunda-feira (28), no município de Maragogi, no Litoral Norte do Estado, afirmou a dezenas de prefeitos presentes ao encontro ocorrido em hotel daquela cidade, que Alagoas não precisaria contratar mais policiais para combater a escalada da violência. Para ele, o problema estaria na má distribuição do efetivo.
Na oportunidade, os prefeitos se reuniram também com os secretários de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, e da Saúde, Alexandre Toledo, com quem debateram questões relacionadas à reconstrução de casas destruídas pelas enchentes de junho passado, além de à recomendação do Ministério Público Federal (MPF) quanto à carga horária dos médicos do Programa Saúde da Família (PSF) – já que as Prefeituras não teriam condição financeira de assegurar a remuneração dos profissionais.
"É preciso dividir os policiais por quilômetro quadrado. O problema da Polícia é fundamentalmente má distribuição”, comentou o vice-governador, que citou exemplos de gestões passadas, pois, segundo ele, o Palácio República dos Palmares possuía ‘a maior concentração de policiais por metro quadrado da história de Alagoas’.
Na ocasião, Nonô criticou ainda o que seria a má forma física dos policiais que estariam realizando serviços burocráticos. “O que precisamos ter é a polícia nas ruas. Além disso, tem-se policiais que não mais possuem porte físico para o patrulhamento. É errado vermos um militar abrindo cancela”, emendou o vice-governador, afirmando ainda que a saída é investir em inteligência, combatendo o crime ‘com firmeza’.
“Quem é pobre, como Alagoas, tem de administrar seus problemas conforme suas possibilidades”, comparou o também ex-deputado federal, que se reportou aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), lembrando que Alagoas ‘paga o quarto melhor salário do Nordeste aos servidores da Educação’.
Ele afirmou que nem sempre os profissionais ‘remunerados a altura’ correspondem para com o bom salário que recebem. Para ele, a prova seria o fato de Alagoas não ser campeão ‘em nada e em lugar algum’. “Algumas categorias reclamam por reclamar. E se infringirmos a lei, o governo federal, no outro dia, não mais nos repassará recursos", alertou o vice-governador.
Para o vice-governador, a gestão de Teotonio Vilela (PSDB) tem 'despolitizado' a questão da Segurança Pública ‘para melhor combater a criminalidade no Estado’. "Temos o maior índice de homicídios do Brasil. Pedimos ajuda ao governo federal para diminuirmos tais números. Trata-se de uma tarefa árdua, mas que não nos desanima”, reforçou José Thomaz Nonô, acrescentando que Alagoas precisará de mais 16 anos, ‘ou de no mínimo mais quatro governos’, para ‘voltar a crescer’.
“O governo federal tem buscado recompor o seu caixa, numa política puramente perversa, penalizando os prefeitos, com a Saúde, por exemplo, praticamente municipalizada. Cada vez mais a União transfere encargos e cada vez mais menos transfere recursos", concluiu.
Enquanto isso, após recente encontro com o próprio vice-governador, dirigentes de associações militares em Alagoas afirmam ainda acreditarem na possibilidade de o Governo do Estado atender à principal reivindicação da categoria: a implantação de um piso salarial de R$ 2,8 mil para o soldado que inicia a carreira - hoje, o salário inicial é de R$ 1,4 mil, valor bem inferior ao praticado em Sergipe, que, segundo as lideranças sindicais, é de R$ 3,5 mil.
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Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=228401
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