Mais uma categoria, que faz parte do então movimento unificado dos trabalhadores da Segurança Pública de Alagoas, decidiu pela greve por tempo indeterminado após a proposta apresentada pelo governador Teotonio Vilela Filho de reajuste de 5,91%, em duas vezes. Em assembleia, os agentes penitenciários decidiram iniciar a paralisação no dia 2 de maio.
Os agentes penitenciários estão há quatro anos sem reajuste salarial. Eles deverão manter apenas os serviços essenciais para o funcionamento do sistema penitenciário de Alagoas. Entre as atividades que deverão ser suspensas durante a greve, estão a escolta judiciais de presos – para fóruns da capital e interior -, banho de sol diário e visitações de parentes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza, no decorrer da semana a categoria deverá definir como se dará o movimento. “Vamos definir outras questões com relação ao movimento unificado, mas iremos aplicar a Operação Legal nos presídios, onde vamos cobrar a implantação total da Lei de Execuções Penais”, destacou.
Durante a coletiva realizada ontem, Jarbas informou que o sindicato esteve reunido com representantes dos módulos dos presídios para apresentar a real situação da categoria e anunciar a possível greve dos agentes. “Não queremos prejudicar a população carcerária, mas sabemos das complicações que ela [greve] traz para os presídios. Se decretarmos a greve, vamos fazer de forma responsável e tentar amenizar ao máximo os transtornos para os detentos”, explicou.
Esta é a segunda greve realizada pelos agentes apenas este ano. No mês de janeiro, a categoria decidiu retornar as atividades após o Governo do Estado informar que anunciaria o reajuste da categoria, junto com o Plano de Cargos e Carreira, em 90 dias.
Além do reajuste salarial – onde pleiteiam a aplicação de um piso mínimo unificado da segurança pública, de R$ 3 mil -, os agentes reivindicam a realização de novo concurso público e melhores condições de trabalho. Os presídios estariam sem receber investimentos para reestruturação dos prédios desde o início do primeiro governo Téo Vilela.
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