Em entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira, dia 25, servidores da área da segurança pública anunciaram um movimento unificado de mobilizações e até grevista contra o reajuste anunciado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) – de 5,91% em duas vezes – e por melhores condições de trabalho.
As categorias não descartam uma greve conjunta das polícias Civil, Militar e Agentes Penitenciários, que poderá ter início no dia 1° de maio. A intenção é fortalecer o movimento para que o Governo retome o diálogo e ofereça um reajuste salarial satisfatório para os servidores.
Na última quarta-feira, Téo Vilela reforçou o reajuste único para todos os servidores do Estado. Ele apenas anunciou que passará a pagar o piso nacional dos professores da rede pública, com 40 horas semanais.
Os servidores da segurança pública rejeitam o reajuste de 5,91% alegando que não cobre nem a defasagem dos anos anteriores. “Estamos há cinco anos sem reajuste salarial e o governador oferece 5,91% para a nossa categoria. Entramos em greve em janeiro deste ano e suspendemos a paralisação devido ao anúncio de que em 90 dias seria apresentada uma política de valorização dos agentes penitenciários e o governador apresenta este número para todos os servidores”, destaca o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza.
Mesmo com a decretação da ilegalidade da greve, os policiais civis anunciaram que o movimento está mantido em todo o Estado. A greve tem início às 0h desta terça-feira, 26.
A greve geral dos servidores da segurança pública pode ter início a partir do dia 1° de maio, Dia do Trabalho. Amanhã pela manhã, os agentes penitenciários realizam assembleia onde será votado o indicativo de greve. Já à tarde, policiais militares – entre praças e oficiais – se reúnem também em assembleia, onde definirão os rumos do movimento.
Questionado se a Polícia Militar conseguiria aderir ao movimento grevista, visto que estão sujeitos a penalidades em caso de aquartelamento, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, anunciou que há mecanismos para que isso aconteça, apenas aplicando o que está previsto na Lei para o exercício da profissão. “Vamos fazer o que der para fazer. Se não tiver colete, os militares não terão como sair para as ruas... Vamos adotar medidas legais que não deixem os policiais à mercê das corregedorias”, explicou Simas.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) além de apoiar o movimento dos servidores da área de segurança pública, destaca ainda a possibilidade de unificar o movimento no âmbito estadual. “A CUT trabalha com a greve geral para todos os servidores públicos do Estado, uma vez que todas as áreas estão em situação precária: a Saúde está em situação degradante; na Educação não tem nem banheiros nas escolas; a Uneal não condições de funcionar, falta estrutura física e de profissional; a Agricultura foi desmontada; há um rombo na previdência... Alagoas é uma casca vazia”, enfatizou o Luiz Gomes, secretário de comunicação da CUT em Alagoas.
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