Completados 100 dias de governo, o governador Teotonio Vilela Filho foi à TV para falar aos alagoanos sobre os avanços e os desafios em seu segundo mandato. Entrevistado pelo jornalista Gilvan Nunes, no programa Bom Dia Alagoas, nesta terça-feira (12), Teotonio Vilela elencou a geração de empregos e o combate sem trégua à violência como prioridades para sua gestão.
Sobre a política salarial apresentada na sexta-feira (8), o governador lembrou que mesmo Alagoas sendo um dos estados mais pobres do país, o Governo o colocou na média alta do Brasil em termos de salário. “Este ano o que nos foi possível fazer foi a instalação desta política salarial permanente, que será corrigida anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, salientou o governador.
Porém, o governador tranquiliza os servidores insatisfeitos e deixa claro que caso haja alguma distorção pontual, o Estado vai procurar contornar cada situação. Segundo Teotônio Vilela, agora o servidor ganha a segurança de que seu salário não será mais defasado. “Estamos abertos ao diálogo para explicar e pontuar, para dessa forma, avançar”, afirmou.
A respeito da reforma administrativa, Teotônio Vilela explicou que abriu mão de uma mudança mais ampla para assegurar a correção dos salários dos servidores. “Foram feitos ajustes nas secretarias da Defesa Social, Infraestrutura, e da Paz. Elas precisavam com urgência de uma reestruturação administrativa compatível com as necessidades do momento. É muito aquém do que gostaríamos de ter feito, porém, neste sentido, priorizamos a correção salarial dos servidores”, destacou.
Teotônio Vilela ressaltou também o trabalho do Programa de Reconstrução – que está reerguendo os municípios atingidos pelas enchentes de junho de 2010. “É terrível não poder entregar hoje uma casa a quem perdeu essa casa”, lamentou o governador.
Teotônio listou a série de empecilhos que impedem a evolução das obras nos municípios destruídos pelas águas. “Infelizmente, a desapropriação de terrenos demora, ainda tem a preparação do terreno, e em especial, o caso da construtora que iria trabalhar em Jacuípe, mas desistiu da obra. Foi um problema. Isso tudo vai levar tempo. Mas todas as residências, escolas e postos de saúde serão entregues. Vamos aprontar cada uma delas”, garantiu o governador.
Segurança pública e combate às drogas
Questionado sobre a segurança, o governador disse que em seu primeiro mandato, os índices de sequestro com cativeiro diminuíram drasticamente, assim como os crimes de mando e assaltos a banco com mão armada.
“Agora a droga é, sem dúvida, o grande problema. Cerca de 90% dos homicídios que presenciamos em Alagoas são de rapazes entre 16 e 21 anos, que estão fora da escola, desempregados e envolvidos com droga”, ilustrou o governador, comentando sobre o cenário da droga em Alagoas. Para combater a problemática, o Estado está promovendo um mutirão em conjunto com os estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco para combater a violência. “Tenho certeza absoluta que por meio destas parcerias, vamos conseguir reduzir, e muito, os índices da criminalidade”, salientou.
Gilvan Nunes destacou o trabalho do policiamento comunitário exercido pela Polícia Militar no conjunto Selma Bandeira e indagou o porquê do projeto não ser ampliado. “O programa está se estendendo e já estamos instalando mais quatro bases. De acordo com o Ministério da Justiça, Alagoas vai ganhar mais 50 bases de policiamento comunitário. É uma experiência que dá certo”, respondeu o governador.
Combatendo em outra frente, segundo o governador, as comunidades terapêuticas hoje recebem apoio do governo. Ele acredita que a luta contra a droga será vencida. Já de modo mais direto no combate ao crime, o jornalista questionou sobre o uso do Fundo de Segurança Pública e sobre a ausência de projetos na área –, conforme indagação do Conselho de Segurança do Estado, de acordo com o jornalista.
“Só o sistema de videomonitoramento custa R$ 4 milhões. O fundo é que precisa ser utilizado”, decreta o governador. Já sobre a situação do sistema carcerário alagoano, o governador disse que serão construídos novos presídios e por outro lado, “tratar a sociedade” para que se evite a produção de novos reeducandos. “A grande maioria está ali em virtude da droga, então é um problema de combate à droga. Alagoas precisa de mais presídios e temos R$ 25 milhões no Ministério da Justiça para isso”, disse.
Empregos - O apresentador salientou que a marca do primeiro governo foi a chegada de novas empresas e por sua vez, ele perguntou ao governador se podem chegar mais e qual a visão dele sobre isso. “Estamos dando condições a agência de fomento – Afal – para trabalhar o empreendedorismo no alagoano, pois isso emprega muito. Mas por outro lado, a vinda de novas empresas é importante também”, ressaltou.
Teotônio lembra que apenas a nova unidade da Braskem já emprega 2 mil alagoanos. “São jovens que poderiam estar na rua ou se drogando, mas estão lá trabalhando. Só no dia do lançamento da pedra fundamental, mais quatro empresas anunciaram sua vinda para Alagoas”, disse. Outra novidade recordada pelo governador é a vinda do grupo português Prébuild, além da vinda do Brasil Invest, que envia representantes a Alagoas na próxima semana para procurar novas potencialidades no Estado.
Estaleiro - O governador Teotônio Vilela Filho garantiu que a licença ambiental do Estaleiro Eisa Alagoas está sendo liberada dentro de 15 ou 20 dias e até a metade do ano, as obras devem começar. “Ainda pretendo trabalhar a instalação do Porto de Coruripe, que vai ser instalado ao lado do estaleiro”, completou.
Educação - No segmento educacional, Teotônio Vilela assegura que até o final do ano, as escolas em reformas terão suas obras concluídas. “Todas as escolas do Estado serão recuperadas por meio do programa Geração Saber (que dispõe de R$ 214 milhões para a Educação de Alagoas). Elas vão ter carteiras, laboratórios, computadores. Daremos uma grande revitalização no setor educacional”, finalizou o governador.
Questionado sobre a falta de água no Agreste do Estado, o governador destacou que a parceria público-privada para sanar o problema está adiantada, diz Teotonio. “Não somente para suprir Arapiraca, mas as demais cidades do Agreste. Vamos construir uma nova adutora e as obras se iniciam ainda este ano”, garantiu.
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