Estamos presenciando várias ações de repressão aos movimentos reivindicatórios das forças de segurança estaduais. Um ataque vindo de todos os lados, dignos dos anos mais obscuros da repressão e do regime de exclusão que dominou o Brasil durante as décadas de 60, 70 e 80. Quase todos os dias, o Governo do Estado usa os meios de comunicação para tentar suprimir qualquer voz que venha se colocar contra o ridículo aumento dado ao Funcionalismo Publico Estadual.
No âmbito da Secretária de Defesa Social, qualquer voz que se levante contra o sistema (tão bem explorado e mostrado no filme Tropa de Elite 2) é passível de perseguição, prisão e assedio moral por parte dos gestores da pasta. São ameaças ostensivas, com abertura de procedimentos apuratórios, transferências, prisões e qualquer outro meio coercitivo para enfraquecer os movimentos reivindicatórios.
O major BM Burity foi um dos primeiros, pois ao reclamar por melhorias para sua instituição, foi prontamente preso, sem que o Governo atacasse o principal problema denunciado pelo oficial: a falta de estrutura do Corpo de Bombeiros de Alagoas. Sai muito mais barato mandar prender o major, do que investir seriamente nos Bombeiros.
Depois foi a manifestação dos policiais em frente à Secretária de Gestão Pública, que resultou na abertura de inquéritos para apurar a manifestação e possivelmente prender seus lideres, para que assim sirvam de lição para qualquer militar que queira solicitar melhorias nas condições de trabalho e melhor remuneração por parte do governo.
Já nos últimos dias, com os Policiais Civis deflagrando sua greve, o Secretário da SEDS, através do Twitter já anunciou suas medidas repressivas, com o apoio do judiciário alagoano, que parece estar com "muita amizade" com o poder executivo, pois qualquer greve de Funcionário Público Estadual está sendo julgada como ilegal (2012 com certeza terá um aumento do repasse de verbas para o poder judiciário).
Se nós, como Funcionários Públicos, não podemos fazer greve, como então conseguiremos pressionar o governo a respeitar nossas datas bases? A greve é um direito garantido em nossa Carta Magna, mas aqui nas ALADROAS, a Constituição é moldável para que sirva a interesses, e com isso ajudar a quem está no poder e com o cheque na mão.
Onde quero chegar com isso? Se nós não podemos reivindicar de maneira ostensiva, vamos partir para a tática de minar nossos "inimigos" com pequenas ações. Temos de deflagrar urgentemente o Movimento "POLICIA LEGAL" aqui no Estado; só assim, pressionaremos o governo a sentar à mesa para negociar. Querem maior pressão do que uma polícia que está engessada pela falta de investimentos sérios na área da segurança? Isso com certeza abalaria o Governo Estadual, sem contar que levaria à queda de toda a estrutura amadora implantada hoje na Secretaria de Defesa Social, que hoje está mais preocupada em favorecer as amizades, do que em buscar uma solução com toda a estrutura. Para que quebremos esse paradigma necessitamos de um Secretario e um Comandante Geral aberto ao diálogo, que queira fazer uma gestão de coalizão com TODOS os integrantes da pasta, e não apenas com seus "AMIGOS".
Por outro lado, precisamos fortalecer nossos movimentos através da participação de todos. Façam o que puderem, façam comentários nos sites de noticias, criem blogs, façam reuniões, participem de associações e quem puder repassar informações, REPASSE. Para os militares e AGEPENS que têm acesso à internet, repassem o endereço deste blog, imprimam nossas postagens e coloquem em seus alojamentos e quadros murais de suas unidades, façam as informações chegarem aos seus companheiros de caserna, isso já foi uma sugestão dada por um leitor. Façam isso e deixem o nosso movimento crescer. DIGNIDADE! Só assim conseguiremos dar um basta nessa situação.
Fonte: Briosa em Foco
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