O anúncio do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) de que o Estado irá implantar o piso nacional como salário dos professores da rede pública de ensino, estipulado em R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas semanais, foi visto como uma ‘grata surpresa’ por parte de outras categorias do funcionalismo público que também reivindicam melhorias, inclusive salarial. Enquanto que, para alguns, a medida seria mais uma oportunidade de os servidores elevarem o tom de cobrança, para outros, o Governo do Estado não estaria cumprindo ‘nada além de sua obrigação’.
A reportagem da Gazetaweb conversou com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Josimar Melo, que ressaltou a necessidade de o Executivo adotar tratamento isonômico no que diz respeito à política salarial.
“No nosso caso, se o governador cumprir a Proposta de Emenda à Constituição que tramita no Congresso Nacional também ficaremos muito gratos”, comentou o sindicalista, cuja categoria – que anunciou greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 26 – reivindica um piso equivalente a 60% da remuneração (R$ 12,8 mil) dos delegados de polícia em início de carreira.
Já o presidente da Associação de Cabos e Soldados de Alagoas (ACS-AL), José Soares Cordeiro, também afirma enxergar o anúncio como positivo, apesar de destacar antigas cobranças.
“Estamos em negociação e vamos esgotá-la. Este anúncio de fato abre brecha para que possamos cobrar nossos direitos até de forma mais enérgica. Sergipe, por exemplo, conseguiu implantar um bom piso. Por aqui, no entanto, temos cinco datas bases vencidas, além da não correção dos quinquênios”, comentou o militar, acrescentando que a categoria reivindica um piso de R$ 2,8 mil para o policial em início de carreira, quase o dobro do salário praticado atualmente.
“Nós apresentamos a proposta, a fim de que o Governo busque implantá-la até dezembro de dois mil e doze. Disseram-nos que não haveria condições de fazê-lo, quando logo depois o governador anunciou o reajuste para o funcionalismo”, relatou cabo Soares – sobre os 5,91% que serão pagos em duas vezes –, lembrando ainda os 7% de reajuste a que os militares têm direito.
“A Justiça nos deu ganho de causa e o Governo já realizou, inclusive, estudo dando conta de que tal percentual representaria dois milhões e novecentos mil reais de impacto nas contas do Executivo”, complementou o presidente da associação, destacando ainda que, na próxima segunda, militares e policiais civis estarão reunidos em assembleia, para que discutam, conjuntamente, a necessidade de exporem os problemas que estariam a enfrentar no cumprimento de suas atribuições.
‘Era melhor não ter anunciado’
Já o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, disse que o anúncio do piso nacional para os professores não passaria ‘de uma obrigação do Governo do Estado’. “Foi importante, mas as demais categorias também precisam ser contempladas de igual forma. Nossa defasagem salarial, por exemplo, já é de cento e cinquenta por cento em relação à média verificada no Nordeste. Já os quase seis por cento ofertados pelo governador não farão qualquer diferença para a nossa categoria. Seria melhor se nada tivesse saído anunciado”, disparou.
Ainda de acordo com Galvão, Alagoas continua a perder profissionais para outros estados. “Apresentamos nossa pauta ao secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, que disse estar sensível à nossa causa, já realizando o levantamento necessário. Ele reconhece a dificuldade e esperamos uma solução urgente”, salientou o presidente do Sinmed, sobre o que ele considera ser ‘a pior situação do Brasil’.
A Gazetaweb não conseguiu contato com os presidentes dos sindicatos dos Previdenciários (Sindprev), Cícero Lourenço, e dos Trabalhadores em Educação (Sinteal), Célia Capistrano.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=230567
ENQUANTO ISSO, O PISO SALARIAL DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS ESTÁ DEFASADO EM MAIS DE 100% NOS ÚLTIMOS 4 ANOS.... E SE DÁ APENAS 5,9%... DIZENDO QUE É MAIS QUE SUFICIENTE...
EU ACHO É...
NÓS..
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