Após o mal recebido anúncio da política salarial na semana passada e em meio a uma mobilização geral dos servidores públicos para um possível movimento de greve, o governador Teotônio Vilela Filho é categórico quando o assunto é negociação de reajuste. Em entrevista ao Tudo na Hora, ele afirmou que o Estado já cumpriu seu dever com as categorias ao assegurar o poder de compra do trabalhador com a correção dos salários pelo IPCA, que, neste ano, será de 5,91% em duas vezes, e que, com isso, não vai haver mais nenhum tipo de negociação.
O Estado só negociará salário com os 13 mil servidores públicos que não tiveram nenhum tipo de aumento nos últimos quatro anos, que são aqueles de nível médio e os chamados “sapatos pretos”, funcionários da Saúde de nível superior que não são médicos.
“Todos tiveram reajuste. O Estado já fez muito ao atender uma reivindicação histórica das centrais sindicais com a criação de uma política de reajuste anual. Serão R$ 9 milhões a mais por mês que vamos gastar. Abrimos mão da reforma administrativa para redirecionar as provisões do Estado. As distorções que existirem serão corrigidas de forma pontual. Quem fizer uma greve para reivindicar reajuste de salário fará uma greve inócua”, afirmou o governador.
Vilela não descarta dialogar com o funcionalismo sobre Plano de Cargos Carreiras e Salários, os PCCS, e política de valorização do servidor estadual. “Estamos abertos. Vamos buscar ampliar o empréstimo consignado, o fortalecimento do Ipaseal Saúde, que estava morto, e da Previdência, que era uma fantasia e nós conseguimos colocar R$ 120 milhões que vão assegurar um futuro tranquilo para o servidor aposentado”, argumentou.
Questionado se teme uma repetição do cenário de revolta e greve generalizada dos servidores do primeiro ano de governo, em 2007, o governador apela para a compreensão do funcionalismo. “Conto com a compreensão de todos diante das possibilidades do Estado. Estamos no limite do que podemos dar. Naquela época, as pessoas não conheciam este governo, estávamos iniciando um processo que eu precisava me precaver em relação ao estado de coisas que encontrei. Temos hoje ao nosso favor uma postura de transparência, não escondemos números, não maquiamos dados. Eles estão abertos para todas as categorias. Conto muito que os servidores entendam que estamos fazendo o que é possível”, diz Vilela.
Como naquele primeiro ano de gestão, o governador retoma o argumento de que o Estado sofre com a escassez de recursos e que é preciso, primeiro, buscar o crescimento das receitas próprias. “Não temos sobra pra nada, nem para fazer uma obra com recursos próprios. O que temos para investimentos está restrito às contrapartidas do governo federal. Primeiro temos que fazer Alagoas crescer para depois dividir esse resultado com todos os alagoanos, não só com o funcionalismo. São 60 mil servidores e 3 milhões de alagoanos. O filho do sertanejo não tem condição de vir protestar na porta do Palácio, mas o governador precisa pensar nele também. O PIB precisa ser repartido com todos os alagoanos, não só com os servidores”, finaliza.
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SEMPRE MAIS DO MESMO... AGORA SERÃO MAIS 3 ANOS ROENDO UMA PERDA SALARIAL QUE GIRA EM TORNO DE QUASE 100% (EM 4 ANOS)... E MAIS, O GOVERNADOR DISSE QUE SÓ IRIA NEGOCIAR, OUVIR, OS SERVIDORES QUE NÃO FORAM CONTEMPLADOS COM NENHUM AUMENTO NOS ÚLTIMOS 4 ANOS ("que são aqueles de nível médio e os chamados “sapatos pretos”, funcionários da Saúde de nível superior que não são médicos."); NÓS, AGENTES PENITENCIÁRIOS, TIVEMOS QUAL AUMENTO NESTES ÚLTIMOS 4 ANOS ??? MAS ELE JÁ NOS DESCARTOU DE QUALQUER FUTURA NEGOCIAÇÃO... E GREVE, SE FIZER, ELE JÁ ADVERTIU, "SERÁ INÓCUA"... OU SEJA, QUEM FIZER, VAI SE VER COM MULTAS, PROCESSOS, ILEGALIDADE DECRETADA, MANDADOS DE PRISÃO, ETC... DURMA COM UM BARULHO DESTES...
'Criamos uma política salarial histórica, que atende reivindicações'
Em entrevista, no jornal Pajuçara Manhã, da TV Pajuçara, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), fez uma análise dos seus primeiros 100 dias de governo e destacou a preparação para as metas a serem atingidas ao longo dos quatro anos de gestão. Vilela frisou a realização de concurso nas áreas que apresentarem carência, ações para o combate à violência e o diálogo com servidores e lideranças comunitárias. “Eu estou muito confiante que dias melhores estão por vir”, salientou o chefe do Executivo Estadual.
De acordo com Teotonio Vilela Filho, os primeiros cem dias de governo foram de preparação para atingir os planos e projetos estabelecidos para o segundo mandato. “As metas destes 100 dias foram de preparação do Estado para as metas do mandato”, destacou, colocando que foram feitos acertos na estrutura administrativa, econômica, dentre outros pontos.
Segundo Vilela, nos primeiros cem dias foram atingidas “metas subjetivas” e “intangíveis”. “Eu asseguro que hoje o Estado está mais preparado. É um carro que está andando com o rumo e direção. Há projetos com recursos provisionados e credibilidade junto às instituições financeiras, como o Banco Mundial, que são parceiros para contribuir com um futuro melhor”, frisou ainda.
Conforme Teotonio Vilela Filho, Alagoas agora “tem musculatura melhor para superar obstáculos, que ainda são muitos, na área da Educação, da Saúde e da Segurança Pública”. O governador foi questionado sobre a necessidade de ampliar o efetivo da Polícia Militar de Alagoas. Ele não descartou a possibilidade de concurso, mas ressaltou a necessidade de trabalhar aliado a novas tecnologias, para que se reduza o número necessário de policiais.
Segurança
“Para termos novos policiais, há que se realizar concurso, treiná-los e isto demanda tempo. Com as novas tecnologias, podemos reduzir o número necessário de policiais? Sim, podemos”, colocou. Vilela ressaltou a importância de videomonitoramento e equipamentos de inteligência. O governador também destacou a necessidade de retirar os policiais da atividade meio, que segundo ele já representaria a recuperação de um contingente de 500 homens, que hoje sofrem desvios de funções.
Mas ressaltou: “há perspectivas de contratar novos policiais”. Vilela salientou ainda a parceria com o Ministério da Justiça no combate à violência. “Estamos buscando parcerias com Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais, que foram os estados que apresentaram redução significativa nos números da criminalidade. Estamos trocando estas experiências, porque aqui ninguém quer inventar a roda também. O combate ao crime é sistemático”.
Reajuste
O governador de Alagoas ainda falou sobre o reajuste de 5.91% que foi anunciado para os servidores públicos do Estado e que gerou revolta de algumas categorias, que reclamaram. “A decisão que tomamos é histórica e atende a uma reivindicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das centrais sindicais. Não é apenas um reajuste, nem pode ser visto só por esta ótica. Nós criamos uma política salarial que assegura o poder de compra do servidor, já com correção para este ano em 2010, com a reposição que tem como base o IPCA”, colocou.
De acordo com Vilela, o Estado atende a uma reivindicação antiga. O chefe do Executivo ressaltou ainda que “diálogos jamais vão faltar”. “Mas, o Estado tem feito o que pode fazer. A movimentação de greve não faz sentido”. O governador ressalta que tem conhecimento de distorções que estas serão corrigidas ao longo do tempo. “Em quatro anos tivemos negociações pontuais que colocaram Alagoas na média alta do Brasil, em relação aos salários do funcionalismo. Isto foi conquistado com um esforço extra-ordinário”.
Vilela também falou do reajuste de 35% dado aos secretários. “É um grupo bem menor que estava há oito anos sem reajuste. São 34. Já o número de servidores é de 60 mil servidores. Mas, faremos todas as correções”.
Concursos
Teotonio Vilela Filho ressaltou ainda que pretende realizar concursos para as áreas que apresentam carências. Segundo ele, em 30 dias o Estado já deve ter uma agenda para a realização de concursos. “Não adianta também fazer concursos e não poder chamar os que forem aprovados. Onde houver necessidade de mais servidores nós faremos concursos, mas faremos à luz da tecnologia existente hoje”, disse.
O governador destacou ainda a transformação da Ouvidoria em Secretaria de Articulação Social – que fica no comando de Claudionor Araújo – como uma pasta que terá a função de construir uma relação mais próxima com a sociedade e com as lideranças comunitárias. “Esta relação já existiu no ano passado e retrasado, quando fui aos bairros ouvir as pessoas”, salientou.
Vilela finalizou que em sua gestão Alagoas tem rumo e projetos que estão sendo executados. “As empresas estão vindo porque possuem credibilidade e esta questão da violência tem como pando de fundo a miséria e o desemprego”, colocou. O governador finalizou afirmando que está “muito confiante que dias melhores estão por vir” em Alagoas.
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